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Publicadas novas regras para o diagnóstico do mormo

Prazo para laboratórios se adaptarem é de dois anos


A partir desta segunda (23.04) com a publicação da Portaria nº 35 da Secretaria de Defesa Agropecuária, novos testes a serem empregados para diagnóstico do mormo no país estão definidos, com objetivo de contribuir para a prevenção, controle e erradicação da doença no território nacional. Os testes de triagem para diagnóstico laboratoriais do mormo são: a Fixação de Complemento (FC) ou o ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática).

A grande novidade da portaria é a adoção e validação da técnica ELISA como teste oficial no país para o mormo. A partir de agora, todos os laboratórios credenciados têm prazo máximo de dois anos para implantação definitiva deste método de diagnóstico. Após este período, o ELISA será o único teste aceito como prova de triagem no diagnóstico do mormo no programa nacional.

Após ampliação nos escopos e adequações necessárias, os laboratórios precisam requerer novo credenciamento junto à Coordenação Geral de Laboratórios (CGAL) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que é o órgão oficial para auditar, checar o cumprimento dos requisitos de qualidade exigidos para uso desta técnica e efetuar novo credenciamento.

Outra inovação da portaria diz respeito ao formulário de requisição do exame para o mormo, o qual deve conter também detalhes clínicos do animal, importantes para interpretação do diagnóstico, anexando fotos e resultados anteriores.

O método de diagnóstico ELISA é específico para animais em território brasileiro, se tornando, por enquanto, até ser exclusivo, ferramenta auxiliar de peso para o Programa Nacional de Controle da doença. Para fins de trânsito internacional, é adotado o teste de Fixação de Complemento, que é o regulamentado pela OIE- Organização Mundial de Doença Animal.

O mormo é uma doença de equídeos (cavalos, asininos e muares) causada pela bactéria Burkholderia mallei, que tem potencial zoonótico (pode ser transmitido a seres humanos), e para a qual não há cura nem prevenção por vacinas.

Para proteção dos rebanhos, os produtores devem sempre realizar bom manejo sanitário, adquirir animais de procedência conhecida, com exames negativos, só participar de eventos em que todos os animais tenham sido testados. Caso os animais apresentem qualquer sintoma respiratório e, ou, lesões cutâneas é necessário procurar imediatamente o serviço veterinário oficial.

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