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“Competência não tem gênero”


Opinião Livre

Ana Cristina Colla

Comecei a trabalhar aos 17 anos. Passei por áreas técnicas e de liderança da indústria química, petroquímica, de plásticos e do agronegócio, com muitas oportunidades de participar do início de operações de novas fábricas, ou seja, sempre trabalhando em funções em que a presença da mulher era quase inexistente. Logo, conviver em um ambiente masculino foi algo muito natural para mim, assim como o desenvolvimento da minha carreira nesse meio.

Na vida profissional é preciso mostrar o seu valor, sua competência no que faz e naquilo que está se propondo a fazer. Ou seja, se é para dançar, você tem de ser convidada a dançar. E para ser elegível a dançar, você precisa mostrar que sabe dançar. No meu caso, sempre estive muito disposta a dançar. E com uma ambição muito grande de ser melhor, aprender e me desenvolver. Acho que isso me levou onde estou.

É fato incontestável que a mulher do século XXI exerce cada vez mais influência e desempenha um papel ativo e de destaque em todos os ambientes em que atua. A despeito de todos os prejulgamentos em que ainda somos inseridas, inclusive de nós mesmas, o crescimento de nossa participação no mercado de trabalho e, especialmente, no agronegócio brasileiro, é notório, relevante, e vai além de uma questão numérica. 

Os estereótipos sobre a mulher estão, cada vez mais, caindo por terra. As competências femininas e masculinas são complementares no mercado de trabalho. No ambiente corporativo se requer muito dinamismo, coragem, ambição, força, tomada de decisão, empatia e sensibilidade, atributos intrínsecos aos seres humanos, e, portanto, presentes nos comportamentos de homens e mulheres.

Neste Dia Internacional da Mulher, reflito que o grande paradigma da mulher é realmente entender que a diversidade é bem-vinda. E que não há crença limitante, porque, afinal de contas, competência não tem gênero. Por isso, em um setor tradicionalmente conduzido, liderado e associado aos homens, que é o agronegócio, há certos desafios que devem ser levados em conta, mas não precisam ser encarados como obstáculos impossíveis de serem vencidos.

Do manejo de lavouras a funções administrativas, da gestão de fazendas aos cargos de diretoria, uma mulher competente, confiante em suas qualidades e consciente de seus desafios chega a qualquer equipe para somar e compartilhar o conhecimento que adquire ao longo de sua trajetória. Com base neste exercício de empatia e respeito, homens e mulheres, trabalhando juntos, fortaleceram ainda mais este setor fundamental para o desenvolvimento do País.

Ana Cristina Colla é diretora de Operações da ADAMA Brasil

 

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