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ITOCHU/HITACHI montam mega planta para singaseificar lixo em Dubai, gerando 200 MWh


Climaco Cezar de Souza

A seguir apresento descritivo de mais uma planta gigante para Geração de eletricidade (200 MWh para eletrificar 140 mil residências vizinhas) com singaseificação rápida de lixo urbano (singás de W2E/MSW ou RSU)

Na semana anterior, as grande empresas japonesas ITOCHU e HITACHI se uniram para construir (US$ 1,16 bilhão de investimentos) e gerir uma mega planta em Dubai, capaz de processar 6.000 t./dia de lixo bruto e já no formato de “rdf residual derivative fuel” (cerca de 25 t./hora). CONTUDO, notem que o valor médio a investir de US$ 5,80 milhão/01 MWh é bastante elevado, aliás, como temos aqui informado repetidas vezes (4 vezes mais do que prevemos em nossas futuras mni/pequenas e médias plantas sino-brasileiras AINDA com valor de Us$ 1,47 milhão/01 MWh e processando de 4 a 6 t/hora de lixo somente bruto, não “rdf”,  e nunca precatado).

Tais empresas já têm outras plantas similares de médio porte e operantes em outros países, todas ocupando pouco espaço (mais uma das vantagens destas techs).

O Brasil já merecia plantas similares e com alta limpeza ambiental real e boa geração elétrica (bem melhor do que via termelétricas), mas, por uma série de motivos ainda estamos longe disso (falta de conhecimentos e de apoio governamentais nas 3 esferas mais visível desinteresse e até certo despreparo da cátedra, da pesquisa e das empresas e fabricantes nacionais, que ainda preferem não evoluir e ainda destinam lixos urbanos, biomassas, cascas/palhas e sobras de alimentos e de chão de fabrica/processamentos para os nefastos e superados aterros sanitários e/ou biodigestores, ambos muito mais caros do que para o singás, até por serem grandes produtores do nefasto metano ou seja, uma falsa ou enganosa solução ambiental, mas que geram altíssimos lucros para poucos, MAS altíssimos custos para os munícipes). Em geral, os melhores aterros - dentro da Leis e das techs exigidas - cobram muito para isto e, com o tempo, vazam muito chorume para o subsolo/lençóis freáticos e/ou metano para a atmosfera, até perfuram muito e só tem vida útil de 12 a 15 anos. Já os biodigestores são lentos (trânsito interno do biogás de 17 a 41 dias); ocupam muito espaço e também seu metano, quando vaza, é muito contaminante para a atmosfera e mesmo para uso energético, pois a sua queima/aproveitamento controlado exige uma série de caríssimos filtros ambientais sequentes e em que os órgãos ambientais são perigosíssimos, até impondo muitas multas e interdições seguidas (com grandes prejuízos às imagens dos participantes – públicos ou privados - até porque a dita Imprensa Verde também não perdoa).

Atè os pneus velhos e alguns plásticos – os mais ricos energeticamente para produzir singás diretamente ou para misturar/enriquecer lixos orgânicos pobres  – ainda são queimados/incentivados em altos fornos para produzir cimentos e/ou louçaria e porcelanatos, o que desvirtua totalmente a Lei de suas corretas e obrigatórias destinações pelos fabricantes de pneus e que tem que pagar bem por isto (Artigo 70 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho 2008 MAIS Resolução CONAMA nº 416 de 30/09/2009).

Vide em ingles em https://asia.nikkei.com/Business/Energy/Dubai-plans-world-class-waste-to-energy-plant-run-by-Itochu

 

 

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