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Semana Internacional do Café alcança 58 países

Evento usou recursos digitais para potencializar negócios


Foto: Marcel Oliveira

A 8ª edição da Semana Internacional do Café, realizada entre os dias 18 e 20 de novembro, se consolidou como um dos principais eventos do setor no mundo em uma edição digital histórica que alcançou 58 países. Reunindo toda a cadeia, do grão à xícara, conectou produtores, profissionais, marcas, organizações e autoridades em uma verdadeira jornada de negócios e capacitação com foco em discutir oportunidades e soluções em um momento de mercado que pede estratégia.

Com realização da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Café Editora, Sebrae e Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a SIC se fortaleceu ainda mais em 2020 como uma das cinco maiores feiras de café do mundo. O evento, inclusive, faz parte do calendário de empresas e profissionais, que encontram na programação direcionamentos importantes para tomada de decisão em negócios e carreiras.

Isso se reflete no engajamento massivo da primeira edição 100% digital. A audiência total foi de 25 mil acessos até o dia 20 de novembro. Dentre os países visitantes estão - em destaque - Brasil, Estados Unidos, Austrália, Colômbia, Itália, Reino Unido, Alemanha, Japão, atraídos por uma grade de 70 horas de conteúdo, 176 palestrantes e 55 expositores como Nescafé, Nespresso, Sistema Ocemg, 3Corações, Codemge, Melitta, Sicoob, Cooxupé, Kahlúa e Montesanto Tavares Group, também patrocinadores da SIC.  

PROGRAMAÇÃO RELEVANTE

Com uma plataforma própria e de navegação simples, mas com todos os recursos para uma experiência digital completa, a SIC atendeu interesses diversos, do campo às cafeterias, das certificações técnicas ao comportamento do consumidor, com a vantagem de possibilitar ao visitante a organização de agendas personalizadas.

Entre os convidados, o economista Ricardo Amorim, que trouxe uma visão do cenário macroeconômico no agronegócio com foco no café; o empresário João Appolinário, um dos maiores nomes do varejo nacional, que levantou a discussão sobre empreendedorismo e impacto nos negócios; Bill Murray, presidente da National Coffee Association (EUA), e Rachel Muller, diretora de cafés da Nestlé, com apresentação de cenários de oferta e demanda no pós-pandemia.

Em três dias, o quadro de palestras, cursos e painéis ainda abordou temas como a retomada das cafeterias, como produzir cafés especiais, microtorrefações de café, a diversidade do café mineiro, políticas para o setor cafeeiro, oportunidades do varejo digital, presença da mulher na agroindústria, inovação em cafés, como educar o consumidor, entre muitos outros.

Uma outra vantagem do formato digital é a possibilidade de disponibilizar os materiais por período maior. Quem não conseguiu acompanhar a SIC entre os dias de realização ainda poderá conferir os vídeos e conteúdos no site.

LANÇAMENTOS

A SIC também é reconhecida por apresentar produtos e soluções de impacto no mercado. Neste sentido, a edição 2020 teve dois grandes destaques. Um deles foi o lançamento oficial da marca território “Cafés da Região Vulcânica”, um projeto desenvolvido pelo Sebrae Minas, em parceria com a Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica, e que cobre 12 cidades entre os estados de Minas Gerais e São Paulo.

A área tem uma formação rochosa e solo rico em minerais devido a um vulcão extinto, o que resulta em um café de extrema qualidade e em uma operação que beneficiará 7 mil produtores locais. O outro foi o lançamento da plataforma NOMAD pela Nescafé. Uma iniciativa focada em cafés especiais que alia curadoria de grãos de alta qualidade, conteúdo imersivo, tecnologia e rastreabilidade.

PRÊMIOS

O evento também foi palco para o reconhecimento de produtos e produtores. No 4º Cupping de Cafés Especiais AT&G, que faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema FAEMG/SENAR/INAES para fomentar e mapear a qualidade de cafés ao longo dos anos, o Sul de Minas mostrou força conquistando os 3 primeiros lugares do ranking geral na categoria natural. Já a Nespresso guardou para a SIC a entrega do Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável, que completou 15 anos de Brasil fornecendo conhecimento e técnicas na produção de cafés de alta qualidade sustentável. Minas, novamente, foi protagonista em categorias como “O Entusiasta”, “O Vanguardista”, “O Empreendedor”, “O Ambientalista”, entre outras.

No último dia de SIC as atenções foram voltadas para o Prêmio Coffee of The Year 2020. Realizado desde 2012, o concurso é um dos principais do setor, contemplando quatro categorias: arábica, canéfora, fermentação induzida arábica e fermentação induzida canéfora. Foram mais de 400 amostras inscritas de todo o Brasil e que, além do comitê técnico, passaram por avaliação do público, que pôde votar em cafeterias parceiras em diversas regiões do País. Cafés do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Rondônia levaram o título de melhores da safra, sendo que as primeiras posições foram conquistadas por novos produtores. Para conferir a lista completa dos vencedores, basta acessar aqui.

AINDA MAIS CONECTADOS PELO CAFÉ

Os desafios de realização de um evento digital se tornam ainda maiores quando existe um histórico de sucesso no formato convencional, que acontece nos pavilhões de exposição. Também ganham um grau a mais de estímulo em um cenário de transformação. Mas nada disso foi impedimento para planejar, produzir, transmitir e multiplicar a maior celebração do café no Brasil e a quinta maior no mundo.

Para Roberto Simões, presidente do Sistema FAEMG, “a realização da SIC em formato digital nos possibilitou alcançar pessoas que ainda não tinham tido a oportunidade de participar conosco. É um evento intenso, com muitas reuniões, palestras, rodadas de negócios e workshops. Sempre com o lema de atender a toda a cadeia, da produção à xícara, discutimos temas como sustentabilidade, qualidade, tecnologia, inovação e agregação de valor. E mais uma vez a SIC se destacou como um dos principais eventos mundiais do setor”

Já Breno Mesquita, vice-presidente do Sistema FAEMG e presidente das comissões de cafeicultura da FAEMG e da CNA, disse que “a SIC comprovou, com essa nova pegada digital, que o agronegócio café, e, em especial, o setor de produção, está preparado para este novo momento de distanciamento, no qual a criatividade e a inovação são fatores preponderantes. Acreditamos ter alcançado nossos objetivos. Amadurecemos e, em 2021, com a perspectiva de um evento presencial, estaremos mais fortes e preparados para os novos desafios”.

Caio Alonso Fontes, diretor da Café Editora, também destacou o poder do formato. “Conseguimos ampliar as regiões e países participantes, o que significa que mais profissionais conseguiram se atualizar sobre o mercado e tendências, o que gera oportunidades não só de reciclagem, mas de reflexão sobre o futuro da cadeia cafeeira”, disse. Já Priscilla Lins, gerente de Agronegócios do Sebrae Minas, lembrou que “o mundo ressignificou a palavra conexão, mas a criatividade e a inovação sempre fizeram parte de todas as edições da SIC. O formato digital só estimulou o preparo de algo ainda melhor”, completou.

Niwton Castro Moraes, assessor técnico especial em café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, reforçou que “para a Seapa, a SIC deixou de ser um evento há muito tempo para alcançar o patamar de uma política pública de divulgação e promoção dos cafés brasileiros, não sob o caráter estatal, mas pelo alcance de seus resultados, contribuindo efetivamente com o desenvolvimento do setor, principalmente no pós-porteira”, disse.

A Semana Internacional do Café (SIC) é uma iniciativa do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), da Café Editora, do Sebrae e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Realizada desde 2013, em Belo Horizonte, capital do maior estado produtor do país, a SIC tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor. Este ano de 2020, devido à pandemia, foi realizada 100% em plataforma digital.

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