
Abre a programação do evento o professor JÚLIO BARCELLOS, Doutor em Zootecnia (UFRGS), Coordenador do NESPRO - Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva da UFRGS que tratará em sua exposição sobre o CENÁRIO DO AGRONEGÓCIO – GESTÃO DA PROPRIEDADE – COMO MELHORAR OS RESULTADOS DA PECUÁRIA.
Barcellos destaca que a nova realidade dos negócios do Agro frente aos acordos comerciais e aos mercados consolidados que aumentam suas demandas irão possibilitar a recuperação da renda do setor. Para isto, fazer o que estamos fazendo não será mais suficiente. Inovar produtos e processos, incluindo uma gestão mais profissional e com foco nos resultados será necessário. Por isso, realizamos este encontro para contribuir com as ideias daqueles que fazem o Agronegócio do RS, destaca.
Para falar sobre a REFORMA TRIBUTÁRIA E OS IMPACTOS PARA O AGRONEGÓCIO, foi convidado o Especialista em Direito Tributário, Matheus Zomer. “O sistema tributário brasileiro é um dos maiores vilões das empresas”. A frase que nos últimos anos se tornou quase uma obviedade no nosso país reflete a dificuldade e a insegurança vivenciada diariamente pelos empresários no cumprimento das suas obrigações fiscais.
Ela, porém, não evidencia a real dimensão do problema que temos de enfrentar. Por isso, é importante lembrar, por exemplo, que na lista do Banco Mundial, que analisa a facilidade de as empresas pagarem seus tributos, o Brasil ocupa a posição 184, de um total de 190 países.
Para Zomer, as principais causas disso são a alta carga tributária e a complexidade da legislação. A primeira causa é mais difícil de ser enfrentada, pois envolve perda de arrecadação, o que poderia piorar ainda mais a saúde das contas públicas do país. Já a segunda causa pode e deve ser enfrentada, pondera.
O tributarista traz ainda alguns dados, “somamos quase 100 tributos distintos, se levarmos em conta a União, os Estados e os Municípios. Além disso, mais de 390 mil normas tributárias (média de 1,92 por hora) foram editadas desde a Constituição de 1988. Além de sofrerem com uma alta carga tributária, as empresas penam com o custo da burocracia tributária. Segundo o Banco Mundial, só em 2018, foram mais de R$ 60 bilhões”, ressalta.
Simplificar tributos não significa reduzi-los, mas é um passo importante rumo a esse objetivo. Por esse motivo, a Reforma Tributária tem sido uma das prioridades do Governo Federal. Os principais projeto no Congresso (PEC 45 e PEC 110) propõem a redução significativo do número de impostos e a simplificação radical do modelo atual.
Entender o que está em jogo e conhecer os possíveis impactos de uma Reforma Tributária é essencial para o futuro das empresas, esta será pauta a ser tratada nesta sétima edição do Circuito.
As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelo e-mail
agrocircuito@i-uma.edu.br e informações pelo telefone (51) 3224.6111.