Multissítio combate ferrugem e mancha de olho pardo
Fungicida tem alta concentração de oxicloreto de cobre
Os cafeicultores mineiros vão podem conhecer um novo fungicida multissítio durante uma feira virtual. O produto age contra a ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix) e a Mancha de olho pardo ou Cercosporiose (Cercospora coffeicola), duas importantes doenças da cultura.
Com nome comercial Cuprital 700, desenvolvido pela portuguesa Ascenza, a solução, tem alta concentração de oxicloreto de cobre (Cu+2) na sua forma mais nobre e foi lançada recentemente. O fungicida evita a seleção de patógenos resistentes aos fungicidas de outros grupos químicos com modo de ação específico.
Além da ação fúngica, também é um bactericida ideal para uma desinfecção pós colheita do café, preparando a lavoura para o próximo ciclo produtivo. Segundo o engenheiro agrônomo e profissional da companhia em Minas Gerais, Edgard Luis Braz, o cobre no café já é amplamente usado, com bastante tradição de uso na cafeicultura. Porém, o produto possui diferenciais importantes. “No passado foi muito utilizado pelo produtor as formulações pó molhável, que eram mais difíceis de manusear. A nossa proposta é uma formulação líquida fundamental para manter alta eficiência na cobertura de folhas e ramos, e proporcionar praticidade no preparo da calda, evitando ainda entupimentos”, destaca.
A alta concentração de oxicloreto de cobre, 700 g/L de cobre metálico, faz com que este seja o fungicida nessa linha com a maior concentração do mineral no Brasil. Isto resulta em uma menor dose por hectare, beneficiando o cafeicultor na manipulação, dosificac¸a~o e descarte de embalagens. “Também é importante destacar a Suspensa~o Concentrada (SC), que facilita sua diluição na hora da aplicação, mesmo em volumes menores. Mantendo assim as características essenciais do cobre”, aponta Braz.
O oxicloreto de cobre também atua como micronutriente essencial para produzir compostos associados à resistência da planta contra os patógenos. A falta do suprimento adequado desse elemento ou a sua deficiência, podem causar perda de produtividade. “O parque cafeeiro está estável, porém, nos últimos anos, ou pelo menos nos últimos dois, a remuneração tem sido bastante interessante. O cafeicultor tem optado com esse dinheiro a mais em investir mais, buscando cafés de produtividade, com melhor qualidade”, completa o engenheiro agrônomo.
A ferrugem é a doença mais grave e prejudicial na lavoura cafeeira. Em relação à produtividade pode causar redução de até 50% em safras posteriores a sua ocorrência, caso não seja controlada de maneira correta. Já a Mancha de olho pardo ataca folhas e frutos em desenvolvimento, reduzindo a produção, além dos prejuízos na depreciação da qualidade do café.
A 16º feira Compra Minas Máquinas, promovida pela cooperativa mineira Minasul, acontece em um ambiente virtual, de 13 a 15 de abril. Informações e acesso no link.