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Como aumentar a produtividade de trigo?

Evento interativo e técnico vai abordar as potencialidades da cadeia


Foto: Divulgação Biotrigo

O Brasil se prepara para plantar mais uma safra de trigo. Segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta safra serão 2.379 milhões de hectares para a cultura no país, com produção esperada de 6.321 milhões de toneladas, um avanço de 2,2%.

Com um grande potencial de expansão para outras regiões além do Sul como Cerrado e Nordeste e também de ocupar áreas ociosas no próprio Sul, o trigo vem encontrando mais produtores interessados no investimento. Além da destinação para alimentação humana tem boa ação como substituto do milho na ração animal, barateando custos e promove melhoria do solo para a cultura subsequente.

Na lista dos objetivos mais importantes na produção de trigo, o rendimento ocupa um dos primeiros lugares. Colher bem e com qualidade define a maior parte do sucesso de uma safra. Para conhecer como a fisiologia do trigo e como o funcionamento da planta e a interação com o ambiente influenciam no rendimento acontece no dia 12 de maio um webinar técnico que vai discutir as estratégias para o aumento de produtividade.

O evento é gratuito e interativo e destinado para produtores de trigo, multiplicadores de sementes, técnicos, cerealistas e moinhos. O webinar é promovido pela Biotrigo Genética que, além de questões técnicas e econômicas, também vai apresentar novas cultivares e seus desempenhos.

O doutor em Fitotecnia e Fisiologia Vegetal e professor da Universidade de Passo Fundo, Geraldo Chavarria, vai apresentar a palestra "Fisiologia do trigo: do manejo à produtividade". Segundo o pesquisador,  a composição do rendimento é complexa e tem três aspectos básicos relacionados à questão quantitativa: espigas por área, massa e número de grãos. "Em relação à qualidade, quando se trata de nutrição, o elemento mineral com maior relevância é o Nitrogênio. Não estou desmerecendo os outros elementos, mas dentro de um cenário de alta produtividade nós temos que focar com eficiência no Nitrogênio e a partir daí pensar nos demais", explica.

Outro ponto que o professor vai destacar em sua palestra é a influência da arquitetura da planta no rendimento. "Um dos aspectos de grande relevância da fisiologia básica é que a planta transforma sol em carboidratos. Os funcionários da ‘empresa planta’ são as folhas, que devem ser protegidas". Chavarria destaca que quanto maiores os rendimentos buscados, mais desafiamos as plantas e, neste sentido, é importante entender os gargalos que surgem.

Busca incansável por rendimento

Para o diretor e melhorista da Biotrigo Genética, André Cunha Rosa, o produtor busca segurança e qualidade para poder vender, mas o que sustenta a propriedade é o rendimento. "Sempre que a gente conversa com o produtor ele quer rendimento. A gente espera contribuir para que o agricultor possa aprender e realmente ter informações práticas que vão ajudar no seu dia a dia, principalmente para quem está envolvido na triticultura", destaca.

Produtor motivado para a safra 2021

Os preços acima da média histórica para o grão de trigo e a expectativa de altos lucros deixam o produtor motivado com a safra 2021. Para o gerente comercial para a América Latina da Biotrigo Genética, Fernando Wagner, que apresentará o webinar, o casamento entre as boas expectativas de preço, a melhora no manejo e a entrega de materiais genéticos que ofereçam segurança agronômica, junto com a demanda do moinho brasileiro em moer trigo nacional, trazem um ambiente perfeito para que o triticultor saia de 2021 com um excelente resultado para a cultura. Ele dá um panorama do plantio de trigo pelo país.

No Cerrado, que sinaliza cada vez mais interesse pelo trigo, ainda existem alguns desafios, como a Brusone, por exemplo. "Entender este ambiente, combinando melhoramento genético local, com certeza trará avanços. Pensando em Cerrado, a notícia é de que as chuvas estão mais escassas. O que se sinaliza até aqui que não teremos um ano epidêmico dessa doença. O Cerrado sequeiro já foi semeado e o agricultor acreditou muito na cultura. Alguns estados, como o exemplo de Goiás, chamam a atenção, superando, segundo a CONAB, 200% de aumento da sua área, devendo semear em 2021, contemplando com as áreas de irrigado, mais de 70 mil hectares", explica Fernando.

O Paraná também passa por um período com falta de chuvas e inicia timidamente a semeadura de trigo. São Paulo teve um pequeno avanço e amplia área. Rio Grande do Sul e Santa Catarina aguardam o final de maio para iniciar a semeadura e neste momento a aquisição de insumos e sementes e o encaminhamento de custeios de lavouras estão em ritmo acelerado, principalmente os projetos técnicos para garantir recursos para a safra.

O Rio Grande do Sul deve superar 1,1 milhão de hectares, sendo que os mais otimistas falam em 1,2 milhão de hectares, a maior área de trigo do país, superando o Paraná que deve ficar pouco acima de 1,1 milhão. Já Santa Catarina surpreendentemente vem com um aumento potencial de 30 a 35%. "O resumo é positivo e todos os estados que semeiam trigo sinalizam aumento de área. Agora é focar no manejo para os que já semearam e caprichar na semeadura para aqueles que iniciarão as atividades, pois uma safra de sucesso começa por uma boa semeadura e estabelecimento de população recomendada para cada cultivar de trigo", finaliza Wagner.

Serviço:

Webinar Como fazer mais trigo por dia?
Data: 12 de maio
Horário: 8h30
Inscrições gratuitas neste link

*com informações da assessoria de imprensa

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