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Pesquisadora recebe prêmio O Futuro da Terra

Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Maria do Carmo Bassols Raseira receberá o prêmio O Futuro da Terra, durante a 40ª edição da Expointer


Na segunda-feira, 28 de agosto, a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) Maria do Carmo Bassols Raseira receberá o prêmio O Futuro da Terra, durante a 40ª edição da Expointer, na categoria “Inovação, Tecnologia Rural e Empreendedorismo”. O prêmio é promovido pelo Jornal do Comércio em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). A solenidade de premiação acontecerá às 19h30min, no Auditório da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS.

Maria do Carmo possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (1968), mestrado em Horticulture pela University Of Arkansas (1973) e doutorado em Plant Science, também pela University Of Arkansas (1985). De 1968 a 1973, trabalhou na Estação Experimental de Pelotas, do Ministério da Agricultura, até a estrutura integrar a Embrapa. Desde 1974 atua como pesquisadora da Empresa, com ênfase em melhoramento vegetal, principalmente de frutas de caroço como pessegueiro, ameixeira e nectarineira; e de pequenas frutas, como amora-preta e mirtilo. 

A pesquisadora começou a coordenar o projeto de melhoramento de frutas de caroço no início da década de 1980, função que manteve até 2015. Hoje, continua atuando no projeto, com plano de ação voltado ao melhoramento destas frutas. No caso da ameixa, está trabalhando com cinco Unidades de Observação de materiais junto a alguns produtores para desenvolvimento de nova cultivar.

Com relação ao pêssego, nos últimos dez anos foi responsável pelo lançamento das cultivares para mesa BRS Rubimel (2007), BRS Kampai (2010), BRS Regalo (2012), BRS Fascínio (2012), BRS Mandinho (2014) – primeira cultivar de pêssego tipo platicarpa (bolachinha) lançada no Brasil e com baixa necessidade em frio – e BRS RubraMoore (2016). Já dentre às destinadas ao processamento, colocou à disposição dos produtores, além da cultivar BRS Âmbar (2009) – que também pode ser comercializada in natura –, as cultivares BRS Bonão (2007), BRS Libra (2010) e BRS Citrino (2016).

Além disso, também é curadora do Banco Ativo de Germoplasma de Prunóideas (pessegueiro, ameixeira e nectarineira etc) da Embrapa – estrutura que reúne material genético dessas espécies para conservar a variabilidade e fornecer suporte aos programas de melhoramento.

No âmbito das pequenas frutas, foi responsável, no fim da década de 1970, pela introdução da coleção de amora-preta da Embrapa. Na época, iniciou o programa de melhoramento da fruta e lançou a primeira cultivar brasileira, a BRS Ébano (1981), variedade sem espinho desenvolvida a partir de seleção. Afastou-se do programa para realizar seu doutorado. Reassumiu o trabalho na década de 2000, lançando as variedades BRS Xavante (2004) e BRS Xingu (2015) – esta última destacada pela alta produtividade, com cerca de 3kg por planta. 

Também teve participação importante no início da área de Fruticultura do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Foi a segunda coordenadora do curso de Fruticultura, nos anos de 1974 e 1975; e atuou como professora convidada de 1974 a 2000, onde ministrou a disciplina de Melhoramento de plantas frutíferas. 

Com relação ao prêmio, Maria do Carmo valoriza o trabalho da equipe que integra e o apoio da Embrapa na realização das atividades. “[O prêmio] é de todos nós. Nada se faz sem uma equipe”, disse. Também, destacou o fato de a indicação ter sido feita por alguém de fora do seu ambiente de trabalho. “Acho que é muito gratificante chegar quase ao final da carreira profissional, com direito à fila dos prioritários, e receber um prêmio assim, de surpresa. Significa que alguma coisa de útil conseguimos fazer e não há nada mais gratificante do que saber que nossa vida serviu para alguma coisa positiva”, finalizou.

Leia perfil da pesquisadora no site do Jornal do Comércio.

O Futuro da Terra
Neste ano, o Prêmio O Futuro da Terra comemora 21 anos reconhecendo e destacando cientistas, pesquisadores, agricultores e empresas que mais contribuem para o desenvolvimento do agronegócio e a preservação do meio ambiente através de práticas inovadoras e sustentáveis. Serão premiados 12 pesquisadores em quatro categorias: Prêmio Especial; Cadeias de Produção e Alternativas Agropecuárias; Preservação Ambiental; e Inovação, Tecnologia Rural e Empreendedorismo. A seleção é feita pelo Comitê de Ciências Agrárias da Fapergs, que identifica as melhores pesquisas direcionadas para o desempenho do agronegócio gaúcho.

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