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"Complexo soja" eleva exportações em 51% no Centro-Oeste


O avanço constante dos campos de soja na região Centro-Oeste, onde já representam 68% da área total de cultivo de grãos e fibras, modifica não apenas a paisagem dos cerrados e a economia local. Este crescimento, movido nas últimas duas safras a boas doses de desvalorização do câmbio e recuperação dos preços internacionais da oleaginosa, determina a consolidação de uma tendência de concentração dos negócios externos realizados a partir dos estados da região em torno do chamado "complexo soja".

Nos primeiros três meses deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações do Centro-Oeste cresceram 50,9% na comparação com igual período do ano passado, superando a média nacional (26,5%). Foram embarcados, a partir da região, US$ 611,653 milhões ou 4,1% das exportações totais do País, diante de uma participação de 3,4% no primeiro trimestre de 2002. Nada menos do que 59,3% daquelas vendas, no entanto, estiveram concentradas no complexo soja (grão, farelo e óleo), seis pontos acima dos 53,2% registrados no primeiro quarto de 2002. A dependência fragiliza a balança comercial, deixando-a muito mais exposta às flutuações de humor do mercado internacional.

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