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Diversificação será o destaque da 13ª Expoagro

Evento inicia no dia 20 de março, no município de Rio Pardo


Otema da diversidade produtiva nas pequenas propriedades que cultivam fumo no Estado será o grande destaque as 13ª Expoagro Afubra, que se inicia no dia 20 de março, no município de Rio Pardo. O coordenador da mostra, Marco Antônio Dornelles, afirma que será realizado um grande debate sobre o tema durante o 5º Fórum de diversificação e atividades rurais. "Temos confiança de que a fumicultura será uma atividade que se manterá ainda por muito tempo, mas não podemos deixar de lado a diversificação, como forma de renda extra", afirmou.


Entre as atividades que mais têm atraídos os fumicultores, a pecuária leiteira ganha destaque, pelo fato de o leite garantir receita durante todo o mês. "Antes, a produção de leite era alternativa de alimento para a subsistência das famílias. Hoje já é opção importante de renda", destacou. O aumento do interesse dos produtores pela atividade leiteira fez com que houvesse um incremento no número de animais inscritos na mostra: dos 70 participantes de 2012 para 100 neste ano. "Existe uma bacia leiteira forte na região do Vale do Taquari, muito próxima do vale do Rio Pardo, o que representa uma boa rede de comercialização", disse. Durante a Expoagro, serão realizados concursos leiteiros, cursos de manejo e boas práticas de ordenha, áreas demonstrativas de forrageiras para bovinocultura de leite e palestras sobre alimentação de gado leiteiro.

Outra opção de diversificação muito procurada pelos produtores é a criação de ovinos, atividade que tem remunerado bem, em função da alta demanda por carne, frente à oferta reduzida. "Há muitas atividades com foco na criação, como sistema intensivo de produção de ovinos sobre pastoreio rotativo com suplementação, nutrição de ovelhas e cordeiros e sistema visual para controlar parasitas em ovinos", afirmou o coordenador.

Outro destaque será a realização do painel dobre Educação Rural, com o objetivo de debater formas de manter os agricultores no campo, especialmente os mais jovens. "Hoje, eles são educados para deixar o campo, complicando a questão da disponibilidade de mão de obra nas pequenas propriedades", apontou. Entre as palestras, Dornelles destacou ainda a realização do 6º Seminário regional de turismo rural, cujo foco será o turismo de base comunitária, com a apresentação do case dos Caminhos Rurais de Porto Alegre. O novo Código Florestal e a regularização ambiental das propriedades rurais será o tema do 2º Fórum Florestal Estadual.


O evento contará com 370 expositores, 20 a mais do que em 2012, incluindo empresas de máquinas e implementos, com a realização de dinâmica de máquinas, orientações sobre prevenção de acidentes, demonstrações de uso da régua de cálculo para pulverizadores, além da demonstração de colheitadeiras, tratores, plantadeiras, cultivadores, pulverizadores, ensiladeiras e implementos de tração animal. O coordenador explica que a expectativa em relação à comercialização na Expoagro 2013 é muito boa, pelo cenário favorável para o agronegócio como um todo, com preços aquecidos das commodities. "Em 2012, a comercialização total chegou a R$ 30 milhões, valor que deve ser ainda maior neste ano", disse Dornelles.

Clima de otimismo

O bom comportamento do clima, com chuvas na medida e na época certa, aliado à aplicação de técnicas de manejo adequadas, são apontados como responsáveis pelo bom resultado previsto para a safra de citros 2013 no Estado. Conforme dados da Emater-RS, a produção de bergamotas tende a ultrapassar as 150 milhões de toneladas, das quais 120 mil cultivadas na região do Vale do Caí e 30 mil no Norte do Estado, colhidas em 10 mil hectares, mantendo a média característica do Estado. Para a laranja, a expectativa é de safra normal, podendo chegar a 300 mil toneladas neste ano, cultivadas em 18 mil hectares. 

A colheita das variedades precoces, como a bergamota Japonesa, já começou, especialmente em regiões mais quentes. Até o momento, as frutas apresentam alta qualidade, com diâmetro e cor melhores. "Fizemos o raleio na época certa, retirando frutos pequenos para que nascessem os grandes", disse o assistente técnico da Emater-RS, Derli Paulo Bonine. O especialista lembra que a safra da bergamota se estende até dezembro no Estado, em função do leque diversificado de variedades cultivadas pelos gaúchos. A segunda leva a ser colhida é de bergamota Ponkan, depois a Caí, Montenegrina e a Murcote.

O especialista lembra que, na safra 2012, os produtores amargaram grandes perdas, em função da estiagem que marcou os primeiros meses do ano, seguida de um período de geada severa. "Esse ocorrido arrasou a fruticultura. Colhemos pouco mais de 60 mil toneladas, volume que representa menos da metade do que produzimos historicamente", disse. No caso das laranjas, a colheita costuma ocorrer tardiamente, especialmente na região Norte do Estado, a qual concentra dois terços da produção gaúcha. No Vale do Caí, já começou a colheita da laranja do céu, a qual pode ser consumida ainda verde. "É uma variedade com pouca acidez, o que permite o consumo mesmo verde", disse.

O especialista diz que o sucesso nos pomares é atribuído a melhorias na sua condução com podas nos momentos oportunos, raleio e tratamento fitossanitário eficiente. Aliado às práticas de manejo, novas cultivares não param de chegar ao mercado, com o objetivo de garantir maior produtividade, especialmente pela alta tolerância a doenças. Neste ano, será lançada a cultivar de bergamota híbrida Hada, com alta tolerância às principais doenças dos citros.

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