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<img src=http://www.agrolink.com.br/img/bandeiras/band_argentina.gif alt="Argentina"> Milho perde terreno para a soja na Argentina

A falta de insumos e o aumento nos custos complicam a situação


Na região Oeste de Buenos Aires muitos produtores abandonaram o milho e vão investir nas lavouras de soja em razão da crise energética que assombra a Argentina. A falta de insumos e o aumento nos custos de produção complicam a situação do cereal. A oleaginosa, além disso, apresenta um panorama de preços altos, já que o milho vem registrando queda nos últimos pregões. Os produtores desta região asseguram que não podem se abastecer com uma quantidade suficiente de sementes e defensivos. Além disso, tal situação, somada a um crescimento substancial nos custos de produção, está promovendo mudanças nos planos dos produtores para a safra 2007/08.

“Nós estamos analisando seriamente o milho para a próxima temporada por que os preços dos fertilizantes estão cada vez mais altos”, disse ao Infocampo Ignácio Azcueta, presidente da Sociedade Rural de Pehuajó. “Muitas áreas que iam ser semeadas com milho vão destinar-se à soja”, falou Azcueta, para logo colocar que “os preços do nitrogênio estão próximos de US$ 500 a tonelada e o fósforo a US$ 580”.

Por sua parte, Germán Von Wernich, produtor de Carlos Casares, diz que o milho vai perdendo terreno frente à soja porque a situação de preços altos está realmente complicada. “Os que arrendam os campos se vêem obrigados a cultivar soja porque ao contrário o risco é muito alto. Os únicos que vão semear milho são os proprietários”, assegurou Wernich.

Outra questão chave é que nos últimos dois meses o valor da soja para a safra 2007/08 cresceu, ao mesmo tempo em que os preços futuros do milho caíram. O contrato do milho para abril de 2008 do Matba fechou a US$ 110,6 a tonelada, 5% inferior à registrada há dois meses. A posição da soja em maio de 2008 do Matba fechou em US$ 212,6, com alta de 3,8% em relação ao fechamento de 17 de maio passado.

O aumento dos custos de produção também inclui o combustível. ”Hoje o nosso custo chega a 1,90 de pesos por litro de gasolina, quando na verdade custa 1,70 de pesos por litro”, enfatiza o produtor Alberto Gallo Llorente. “Os preços que foram moderados no momento não existem mais”, afirma, e acrescenta ainda que “a alta nos preços deve-se principalmente à crise energética que estamos vivendo”. As informações são do E-campo.

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