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"Não acredito numa retomada de crescimento sem uma atenção real ao setor agropecuário", diz João Martins

O presidente da CNA e do Sistema FAEB disse que no caso da Bahia o trabalho precisa ser ainda mais intensificado


O presidente da CNA e do Sistema FAEB disse que no caso da Bahia o trabalho precisa ser ainda mais intensificado

"Eu não posso acreditar na retomada de crescimento da Bahia e até mesmo do Brasil, sem uma atenção ao  setor agropecuário, que apesar da crise econômica que passa o país, tem conseguido apresentar ótimos resultados”. Assim o presidente da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e do Sistema FAEB, João Martins, abriu seu discurso no Painel “A Bahia no Novo Ciclo da Economia Brasileira: Os Novos Investimentos e Sua Importância na Retomada do Crescimento Econômico", que aconteceu durante o Terceiro Fórum Bahia Econômica, realizado pelo Portal Bahia Econômica, nesta segunda, 7 de Novembro, em Salvador.

O presidente da CNA e do Sistema FAEB pontuou ainda que no caso da Bahia, mais especificamente, o trabalho precisa ser ainda mais intensificado. “Aqui no Estado são mais de 4 milhões de pessoas que moram na zona rural e podemos garantir que pelo menos 80% dessa população vive da atividade agropecuária. E para se pensar em crescimento, é fundamental um plano, um projeto de governo, que olhe pra essa população que é extremamente desassistida”.

Ele acrescentou ainda que algumas ações realizadas pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia e do SENAR Bahia já provaram que essa mudança é possível e citou alguns exemplos, como a produção leiteira, hoje uma realidade na região semiárida. “A Bahia foi o estado que mais cresceu em todo país na captação de leite de agosto para setembro. No total 10,72%, que garantiu a liderança no ranking, segundo a CEPEA. O cacau está voltando a ser uma realidade, com o Pro-Senar Cacau, um programa do SENAR BAHIA, que oferece assistência técnica para centenas de propriedades em toda a Bahia gratuitamente. A meta é aumentar a produção cacaueira para 200 mil toneladas em 5 anos e 400 mil em 2030, em parceria com as indústrias processadoras e exportadoras de cacau. Se queremos retomar o crescimento, é assim que devemos agir. E infelizmente não encontramos políticas públicas para ajudar o produtor baiano”, finalizou.

O ex-governador Paulo Souto, atual secretário da Fazenda de Salvador, que também participou do  Painel concordou com João Martins. “Não podemos, de fato, falar em crescimento sem falar da questão do semiárido e eu acompanho com muito interesse as ações da FAEB. É preciso olhar a Bahia como toda”. O senador Roberto Muniz, também participante da mesa, alertou ainda sobre a importância da verticalização da produção agropecuária para o desenvolvimento da economia baiana. O Chefe da Casa Civil do Estado da Bahia, Bruno Dauster também esteve presente no Painel e apresentou os investimentos realizados na infraestrutura do Estado.

O Fórum Bahia Econômica teve como objetivo reunir empresários, lideranças empresariais e do setor público estadual e municipal, professores universitários e representantes da sociedade civil para discutir a situação atual e o futuro da economia baiana e soteropolitana, com ênfase nos novos investimentos no comércio, agropecuária e na indústria.

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