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'Quero levar o que aprendi para nossa propriedade'

O impacto do Programa Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) na vida


De Congonhinhas para curso de agronomia na Universidade Estadual de Londrina (UEL). O impacto do Programa Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) na vida de Lukas Dal Santos Reghin é bem claro. Hoje, com a "cabeça bem mais aberta", ele busca ampliar seus conhecimentos, para no futuro retornar à propriedade dos pais e tios e, quem sabe, dar um "boom" técnico e de rentabilidade na área, hoje focada em fruticultura, alho e cebola.

O rapaz de 19 anos relata que seus pais sempre o deixaram escolher o caminho do estudo ou ficar na propriedade. Em 2014, quando cursava a terceira série do Ensino Médio em Congonhinhas, teve contato com o JAA e resolveu fazer junto com os amigos e um primo. "Fiz o curso de 144 horas e depois me dediquei ao módulo de olericultura. Foi quase um ano de curso que abriu completamente minha visão. Decidi o que buscaria para meu futuro"

Com os conhecimentos adquiridos, começou a utilizá-los na propriedade. Aprendeu por exemplo, a fazer armadilhas para a mosca branca da fruta, praga que estava atacando as ameixas na área. "Aprendi a fazer um melaço dentro da garrafa pet que servia como isca para o inseto. Foi um manejo trabalhoso, mas que ajudou a cortar gastos. Com outros conhecimentos, percebi que meu pai, apesar de toda a bagagem como produtor, estava dando murro em ponta de faca em algumas situações".

Ainda em 2014, Lukas tentou ingressar na universidade, mas não passou. No ano seguinte fez cursinho em Londrina e acabou passando na universidades estaduais de Londrina, Maringá e do Norte do Paraná (UEL,UEM e Uenp), em Bandeirantes. "Escolhi a UEL e já querendo mais. Tentei o processo seletivo da empresa júnior do curso, chamada Consoagro, que presta consultorias em olericultura, adubação e correção de solos, viveiros e estufas, CAR, controle de pragas e doenças e coloca os alunos desde o primeiro ano para atividades práticas. Hoje faço parte do jurídico financeiro da empresa", relata ele.

Para o futuro, o jovem produtor diz que vai levar os seus conhecimentos adquiridos para a propriedade da família, para ajudar o "pai a crescer" e divulgar os produtos colhidos de forma mais profissionalizada. "Plantamos, colhemos, mas hoje não damos o acabamento final ao produto como deve ser. Metade da nossa produção ainda passa pela mão de atravessadores, o que nos faz perder dinheiro. Quero extinguir esse formato de comercialização, esse é o meu pensamento", conclui.

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