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“Sucesso do agro está no investimento em pessoas”

Especialista cita seis pontos que, na visão dele, melhoram o desempenho do agronegócio


Foto: Pixabay

O agronegócio vai muito bem mas poderia ter desempenho melhor ainda. Esta é a avaliação do especialista em talentos humanos, Eduardo Carmello. Ele foi um dos palestrantes do 1º Fórum Somar Pessoas, promovido pela Adama. O evento foi acompanhado por cerca de 300 pessoas em busca de qualificação na gestão de pessoas com foco em melhorar os resultados comerciais do setor. 

De acordo com o responsável pelo evento, Márcio Reis, esse foi justamente o principal ponto identificado junto a distribuidores e clientes: como conectar a gestão das pessoas com a gestão do negócio ajudar a alavancar os resultados. “Esse é um novo momento, de transformação do agro e merece essa importância. Nosso trabalho tem sido gerar valor baseado em ouvir, entender e entregar algo ao produtor. Temos que amarrar gente, negócios e estratégia de forma a mostrar a relevância dessa área para os negócios”, destaca.

Carmello citou os seis pontos que, na visão dele, melhoram o desempenho do time, de líderes e do agronegócio com um todo nesse processo de reinvenção pós-pandemia. “O agro tem uma oportunidade imensa de melhorar seu desempenho e maximizar resultados com uso de tecnologia. Isso faz um diferencial no agro para que se possa surfar nas ondas de mudança”, aponta.

O Portal Agrolink conversou com exclusividade com o especialista. Confira quais são os seis ponto fundamentais:

- Estratégia ambidestra: as empresas de sucesso são aquelas que equalizam produtos já existentes e ao mesmo tempo exploraram as possibilidades de inovação. Estamos falando de um agro que explora procedimentos, tecnologias e desenvolvimento de novos negócios. Nesse momento é super importante isso para criar uma vantagem competitiva. Melhorar o que já existe e usar parte do investimento e esforços para produzir inovações disruptivas. Exige um trabalho disciplinado de transformar estratégia em excelência operacional, gerar a real capacidade de realização.

- Saber comunicar: uma vez que o agro tem a estratégia bem desenhada vai precisar de outro fator chave: comunicar. O sucesso de uma mudança é conseguir comunicar por sete vezes, de sete formas diferentes, conforme dizem os pensadores. Esse é o segundo fator crítico. É necessário que os funcionários conheçam com clareza seus objetivos, metas e indicadores porque eles são a base e precisam saber a fundo o que a empresa quer. Um aspecto importante é que tenha intensidade e clareza. 

- Expectativa de performance: esse é o terceiro fator chave. Todos os funcionários têm que ter clareza do negócio para que saibam como podem contribuir. Ai é importante que as pessoas tenham a certeza a qual meta está ligada a tarefa que elas estão executando, estejam alinhados e precisam estar qualificados para isso. Avaliar  para onde está indo e se as competências estão alinhadas com suas aptidões de forma a extrair o melhor do negocio.

- Engajamento: a capacidade de perceber progresso e entregar resultados. Isso pode ser analisado pelo grau de disposição, aqueles que fazem acima da média e dão ideias e pelos não engajados, que fazem o básico e os desengajados, que têm dificuldade de bater metas. A empresa deve motivar e qualificar os profissionais que estão em níveis diferentes. Não se trata de dar um gás, mas de conhecer os motivos que desmotivaram a equipe e como pode melhorar. Os líderes precisam parar de jogar damas, sempre igual e passar a jogar xadrez, com práticas que gerem mais engajamento.

- Capacitação estratégica: é diferente de treinamento. Ela qualifica o talento para gerar valor novo. No agro precisa-se que os líderes pensem em midsets digital, ágil, design, inovação, sistêmico, singularidade, noção clara de estratégia ambidestra. Não só treinar líderes para que saibam sobre esses temas mas que tenham capacidade de incorporação desses conteúdos no ambiente de trabalho de forma a gerar resultados comerciais. Compreender, aplicar e impactar. 

- Acompanhamento e progressão: pode ser usado um modelo onde acompanho o planejamento do projeto, o dia a dia de execução (o que fizemos ontem, hoje e o que precisamos fazer), a entrega e a retrospectiva do que foi aprendido e pode ser melhorado. Todo o trabalho que se preze necessita de alto grau de acompanhamento para ver se nossas estratégias são o que realmente o que o cliente quer.

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