CI

1º inoculante biológico para arroz registrado no Brasil

Desenvolvimento da raiz, absorção de água e nutrientes e consequente na manutenção da planta


Foto: Pixabay

Acaba de ser registrado no Brasil o primeiro inoculante biológico para lavouras de arroz. O Azototal (Azospirillum brasilense) foi desenvolvido a partir de uma parceria com a Embrapa Clima Temperado (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Biotrop, diminuindo a necessidade de adubação nitrogenada e elevando produtividade.

A base do Azototal é uma bactéria diazotrófica associativa que tem alta capacidade de promoção do crescimento de plantas em função da sua produção de fito-hormônios e fixação biológica de nitrogênio. O inoculante é disponibilizado pela Total Bio, uma marca da Biotrop que trabalha junto à Embrapa na nova solução para a rizicultura. 

Segundo a Engenheira agrônoma Josiane Fukami, doutora em biotecnologia e supervisora de pesquisa e inovação da Biotrop, o Azototal, por ser um inoculante que ajuda no desenvolvimento da raiz, auxilia na absorção de água e nutrientes e consequente na manutenção da planta por mais tempo. 

“Em um período longo de estiagem, por exemplo, a planta terá mais tolerância a este período de estresse. Uma lavoura mais nutrida vai conseguir se estabelecer respondendo melhor aos estresses bióticos e abióticos, e essa questão nutricional é fundamental para a cultura do arroz”, destaca ela.

Outro diferencial do inoculante é que ele melhora os índices de clorofila nas folhas, aporta maior produção de biomassa e altura de plantas, resultando em uma lavoura mais sadia e produtiva. No arroz, a fixação biológica do Nitrogênio (N) proporcionada pelo Azospirillum supre parte da necessidade da planta, reduzindo o volume necessário de adubação de N mineral para atender as necessidades totais da mesma. 

De acordo com a doutora em ciência do solo, Engenheira Agrônoma Maria Laura Turino Mattos, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, que realizou as pesquisas, o Azospirillum é uma bactéria benéfica para a planta e não patogênica ao homem. 

“Esta apresenta vida livre e se associa aos vegetais em diferentes graus de especificidade e com multifuncionalidade. Em função disso, interage com muitas espécies de gramíneas e leguminosas, estabelecendo alta colonização de raízes e partes internas de plantas, como colmos do arroz”, explica.

A Embrapa realizou a avaliação da eficiência agronômica de Azospirillum brasilense em arroz irrigado por inundação em cinco safras agrícolas. A inoculação dessas sementes com Azospirillum permitiu reduzir 30 kg de N ha-1, além de proporcionar 67,8% de grãos inteiros e renda média do benefício de 70,5%.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.