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11 de abril é dia histórico para a cachaça

Se não for produzida no Brasil, não poderá ser chamada de cachaça


Uma data histórica para a cachaça brasileira: hoje, 11 de abril, a cachaça passa a ser comercializada nos EUA como produto tipicamente brasileiro. Ou seja, se não for produzida no Brasil, não poderá ser chamada de cachaça. O reconhecimento é o resultado de mais de uma década de negociações entre os dois governos. Em contrapartida, o uísque “bourbon” e o uísque “tennessee” passam a ser reconhecidos como produtos genuinamente americanos.

Desde 2000, os americanos vendiam a cachaça com o rótulo de “rum brasileiro” e outros produtos eram confundidos com a cachaça.  Segundo Vicente Bastos, presidente da diretoria executiva do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), “a medida evita que a cachaça vire um destilado genérico, como a vodka, que antes era produzida só na Rússia e hoje é feita no mundo todo”.  O reconhecimento pelos EUA irá abrir precedente para que outros países reconheçam a cachaça brasileira. Por enquanto, apenas EUA e Colômbia adotam a cachaça como produto típico do Brasil.

Os Estados Unidos são o maior mercado de destilados do mundo e estão entre os principais compradores de cachaça. Mas as exportações ainda são bem pequenas. Segundo dados do Ibrac, a indústria produz cerca de 1,2 bilhão de litros de cachaça por ano. Em 2012, cerca de 8 milhões de litros foram exportados, ou cerca de 0,66% do total.  O reconhecimento por parte do governo americano também deve fazer com que, no longo prazo, as exportações aumentem.  Bastos estima que, em cinco anos, o valor das exportações possa mais do que triplicar, chegando a US$ 50 milhões; em 2012, foram US$ 15 milhões.

Para Tadeu Moreno, representante da Cachaça Chico Valim, produto premium produzido em Oliveira, Minas Gerais, a medida “vai aumentar as exportações da cachaça brasileira e colocar o nome do Brasil como produtor de uma bebida típica e de qualidade. Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, poderemos fazer grandes ações para promover a cachaça e assegurar uma maior competividade junto ao mercado exportador”.

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