O 17º Remate Anual da Cabanha Cerro Coroado, realizado sábado (14-12), no Parque do Sindicato Rural de Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, pegou de surpresa os organizadores que esperavam repetir o bom desempenho obtido na edição de 2002 que somou vendas de R$ 102,3 mil.
Foram comercializados apenas 282 dos 491 ovinos das raças Suffolk, Ile de France e Texel com faturamento de R$ 45,3 mil, representando 44,36% do vendido no ano passado. A ausência de investidores foi o motivo apontado pelo proprietário, Armando Garcia de Garcia, para o fraco desempenho."Inexplicavelmente não houve compradores para as fêmeas. Não sabemos o motivo, mas vamos analisar".
Com o resultado, Garcia de Garcia irá repensar a realização do leilão de 2004 em Cachoeira do Sul. Ele avalia o retorno dos negócios ao Parque de Esteio, onde ocorreu o leilão até 2001. A cabanha recusou, por exemplo, lances abaixo de R$ 3 mil por fêmeas Texel PO. O leiloeiro Décio Lemos acredita que a oferta superior à demanda e o preço minímo alto intimidaram os compradores.
Os cordeiros para abate foram o destaque do remate, fazendo pista limpa. Foram vendidos 225 exemplares com preço do quilo oscilando de R$ 2,80 a R$ 3,00. A raça Texel mais uma vez liderou as vendas, somando 144 animais. O remate da Cerro Coroado integrou a programação da 6ª Expo-Feira de Ovinos de Verão de Cachoeira do Sul, encerrada no sábado, com vendas de R$ 93,5 mil para 338 ovinos, seis coberturas e duas doses de sêmen.
O preço top de R$ 3,6 mil foi pago por uma borrega Texel PO por Enio Müller. O presidente do Núcleo de Ovinos de Cachoeira do Sul, Fabrício Wolmann Willke, ficou decepcionado com a ausência de compradores de outros estados, o que teria elevado o faturamento.