Raças Corriedade e Ideal aquecem os negócios da Feira Estadual da Ovelha, em Pinheiro Machado.
A qualidade zootécnica dos animais em pista e a valorização do preço da lã. Esses foram os fatores que permitiram à 19ª Feira e Festa Estadual da Ovelha (Feovelha), encerrada ontem em Pinheiro Machado, atingir uma movimentação superior ao dobro do total faturado em 2002. A avaliação é do presidente do sindicato rural do município, Fabrício Trindade. Conforme números preliminares divulgados pelo sindicato rural às 23h40min de ontem, com a comercialização de animais nos remates, a edição deste ano faturou R$ 876,991 mil. Na edição anterior, os 6.536 ovinos arrematados renderam R$ 420 mil.
A melhor média entre os animais a galpão, R$ 1,146 mil, ficou com a raça Ideal, que participou com 109 animais e movimentou R$ 124,95 mil. 'Já estava prevista uma supervalorização da raça, que sempre manteve um trabalho em cima da qualidade da lã', explicou Trindade. Já o melhor faturamento foi da raça Corriedale: R$ 136.080, mil com a venda de 123 ovinos e preço médio de R$ 1,106 mil. É da raça também o animal mais valorizado em todos os pregões da feira. O borrego PO foi vendido pelo presidente da Associação dos Criadores de Corriedale, José Antônio Lemos, proprietário da Cabanha Vista Alegre, de Pedras Altas, para a Cabanha do Espinilho, de Bagé, que pagou R$ 5,6 mil. 'A Vista Alegre sempre traz pedigrees nessa feira, que é a melhor depois de Esteio e pagamos por essa qualidade. Todo ano compramos aqui um carneiro pai', disse a proprietária Estela Soares. Da raça Ideal, o preço top foi um carneiro PO por R$ 4 mil, pago pelo titular da Cabanha da Água Fria, Flor Amaral, de Santa Vitória do Palmar, a José Ovídio da Costa, da Cabanha Vale do Camoaty, de Uruguaiana.
O remate do rebanho geral, sexta-feira, superou em 52% as vendas de 2002. Os 5.459 ovinos custaram R$ 529,10 mil, média de R$ 97. Em 2002, os 3.489 leiloados custaram R$ 221,55 mil e média de R$ 63.