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20/21: o ano do milho

O cenário é promissor. Área, produção, rentabilidade devem ser maiores


Foto: Marcel Oliveira

O mercado de milho está aquecido e o cenário é promissor para o produtor apesar da pandemia de Covid-19. A demanda maior pelo grão para produção de biodisel e a expansão da produção de frango e suínos, animaram os agricultores.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desde 2010 a área plantada de milho cresceu 34%, uma média de 3% ao ano. Enquanto a 1ª safra caiu 45%, a safrinha cresceu 123%. Com isso a 2ª safra responde por 74% do total; a 1ª por 23% e a 3ª por 3% do total. Isso é explicado pelas cultivares de soja mais precoces que adiantaram o início do ciclo e abriram um espaço maior para o milho segunda safra.

O consumo no mercado brasileiro permanece elevado, uma vez que a China ainda não recuperou seu plantel de animais com a Peste Suína Africana (PSA) e elevou a procura por proteína animal brasileira. Aliado à Ásia o Oriente Médio também vem demandando mais carne. Além disso as usinas de etanol localizadas no cerrado brasileiro projetam aumento de demanda em 2021 tanto por etanol como por DDG, concentrado protéico subproduto da produção utilizada na fabricação de ração animal. A demanda deve ficar em 72 milhões de toneladas ou cerca de 5% a mais que na safra passada. 

Com isso na safra 20/21 a área plantada deverá crescer 7%, ficando em 19,8 mil de hectares e a produção em 12%, com 123 milhões de toneladas, apostando em clima favorável e menor incidência de pragas. A Conab projeta que seguirão para exportação 39 milhões de toneladas, 13% a mais. O Brasil poderá ganhar espaço antes ocupado pela Argentina no comércio internacional, uma vez que os vizinhos sofrem com problemas econômicos e investiram menos na produção de grãos.

Em âmbito internacional há expectativa de elevação de área plantada nos maiores produtores mundiais de milho. Aumento de 3% da área plantado nos EUA, 8% na Ucrânia e 1,7% na China e colheita em volume recorde. Com câmbio desvalorizado e elevada rentabilidade o órgão estima que haverá aumento de fixação de contratos de exportações na safra 2020/21. Dessa maneira, deverá ocorrer aumento de 13% comparado ao esperado para a safra 2019/20. Também há expectativa de que os preços nacionais se mantenham elevados.
 

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