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30% ainda não comprovaram vacinação em Campo Mourão/PR

Nesta segunda-feira, os técnicos começam a percorrer as propriedades que não apresentaram a documentação fazendo a notificação


A campanha de vacinação contra a Febre Aftosa terminou na segunda-feira em todo o Estado, mas até as últimas horas de sexta-feira, os pecuaristas da região ainda estavam procurando o Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) em Campo Mourão. De acordo com as estimativas dos responsáveis, pelo menos 30% da meta ainda não comprovou a vacinação. Nesta segunda-feira, os técnicos começam a percorrer as propriedades que não apresentaram a documentação fazendo a notificação.

Ao contrário da edição anterior da campanha, onde todos os animais precisaram ser vacinados, agora apenas bovinos e bubalinos com até dois anos precisaram ser imunizados. A médica veterinária da Seab, Elenice Amorim, explicou que a estimativa era que o rebanho fosse semelhante ao registrado em maio de 2010, que era de 266.100 cabeças. “Mas acredito que dará menos. Na vacinação de novembro já refizemos os cálculos sobre essa quantidade”, diz. O rebanho deve ficar em torno de 210 mil cabeças.

De acordo com Elenice, o número total que deveria ter sido imunizado nesta campanha é pouco menos da metade atingida em novembro, quando foram vacinados todos os animais.

Segundo a veterinária, o prazo para a comprovação terminava junto com a data final da vacinação, que era 31 de maio. “As pessoas deveriam ter vindo até aquela data, agora eles precisam justificar porque deixaram de apresentar o comprovante de vacinação”, acrescenta. Ela estima que a maioria dos 30% tenha vacinado, apenas deixou de comunicar à Seab, ou deixou de ter gado e também não comunicou ao órgão. “Mas não podemos descuidar, se apenas um deixar de vacinar e o animal dele se contaminar com a febre aftosa, é preciso eliminar todos os animais em um raio de três quilômetros”, conta.

O governo do Estado deu aos técnicos das regionais até o dia 20 de junho como prazo final para que terminem o trabalho de campo nas propriedades que não fizeram a comprovação da vacina. “Nessas fiscalizações cobramos se a pessoa vacinou e se ela fez a imunização, porque não apresentou a documentação na Seab”, diz. Elenice estima que os 30% restante equivalham a cerca de 100 propriedades. “Isso é o complica um pouco, pois a área é muito grande para percorrer em pouco tempo pelos técnicos”, acrescenta.

Se ficar comprovado que o proprietário não fez a vacinação ele é notificado e tem de pagar uma multa de R$ 94 por cabeça, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade. Caso tenha deixado de comprovar é analisado o motivo que o pecuarista dá para não ter feito, dependendo da explicação ele recebe uma advertência ou autuação.

Quando há autuação, a multa é a mesma daqueles que não vacinaram. A ausência de comprovação e de atualização do rebanho impede a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para o transporte de animais.

No início da campanha, o chefe regional da Seab de Campo Mourão, Edson Battilani, explicou em entrevista à TRIBUNA que qualquer animal sem a vacina está sujeito a contrair a doença. “Por isso é importante que nenhum fique sem ser imunizado”, observa. Ele diz que o Estado vai fazer o papel que cabe à ele, que é o de fiscalizar, e o produtor deve se empenhar em sua obrigação. “É fundamental que os pecuaristas se envolvam na campanha. É obrigação de cada um vacinar seus animais”, destaca.

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