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72,6% das frutas tem resíduos de pesticidas na França

Além de 41% dos legumes consumidos na França


Em um dos países mais resistentes à biotecnologia, nada menos que 72,6% das frutas e 41% dos legumes consumidos na França apresentam resíduos de defensivos agrícolas. É o que revelou levantamento da Direção Geral da Repressão de Fraudes (DGCCRF, na sigla em francês) e divulgado pela ONG Générations Futures (Gerações Futuras), que milita contra o uso de agroquímicos.

O estudo analisou amostras representativas de 19 tipos de frutas e 33 variedades de legumes durante um período de quatro anos compreendido entre os anos de 2012 a 2016. Segundo o relatório da ONG, a uva e o aipo foram os produtos com maiores quantidades de pesticidas residuais mensuráveis.

“Para as frutas, pudemos constatar, em média, resíduos de pesticida em 72,6% das amostras analisadas”, afirmou a Générations Futures. Segundo os ativistas, no entanto, apenas em 2,7% dos casos os resíduos foram encontrados superiores aos limites autorizados pela legislação local.

No caso das uvas, foram encontrados traços de defensivos agrícolas em 89% das amostras. Nas tangerinas (clementinas ou mandarinas) foram achados 88,4% de resíduos, enquanto nas cerejas esse percentual foi de 87,7%. Foram ultrapassados os limites autorizados nas cerejas em 6,6% das amostras, além de 4,8% nas mangas e mamão papaia.

Entre os legumes, apresentaram traços de pesticidas 41,1% das amostras, sendo que 3,5% dos produtos continham resíduos superiores aos limites autorizados. O aipo se revelou o grande vilão, com 84,6% das amostras, seguido pelas ervas frescas (com 74,5%), endívias (72,7%). Nesses casos os limites autorizados foram ultrapassados em 29,4% dos casos nas ervas, e em 16% no aipo.

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