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A Ciência está mais perto do que se pode imaginar

Embrapa recebeu, durante o Showtec 2012, um grupo de crianças do Projeto Mirim da Prefeitura Municipal de Maracaju-MS


Aproximar a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do público urbano. Com esse objetivo que o espaço da Embrapa durante o Showtec 2012 recebeu no último dia de exposição um grupo de crianças, entre 6 e 15 anos, do Projeto Mirim da Prefeitura Municipal de Maracaju-MS.


Acompanhados dos orientadores Crislaine Luiz Pereira, Juliana Souza Rezende, Elízio Alves Santana e Carlos Roberto Aleixo, os pequenos assistiram a vídeos educativos sobre meio ambiente, produzidos pela Embrapa Agropecuária Oeste e Embrapa Agrobiologia. Depois conheceram a coleção de pragas da soja, brincaram um tempo com ciência e encerraram o tour com um lanche.

“Esta é a primeira vez que eles interagem com o campo e conhecem as várias facetas que a Ciência tem em seu dia-a-dia. É algo que não esquecerão”, afirma o coordenador Elízio Santana. De fato será difícil esquecer a visita ao espaço da Embrapa, para o curioso Paulo Sérgio Dias dos Santos Júnior foi “muito bom saber que na bolacha, nos biscoitos que consumimos há soja, há alguma coisa da Embrapa”.

Aos 11 anos, ele comenta que levará para sua casa os ensinamentos que viu nos filmes institucionais, no qual aprendeu “que jogar veneno nas plantas pode fazer mal à saúde da minha família e à natureza”. Também com 11 anos, o xará, Paulo César Maciel, destaca que agora as “aulas de Ciências na escola terão mais sentido e ficarão bem melhores”.

Com o intuito de não deixar crianças nas ruas, sem aprendizado algum, o Projeto Mirim ocupa o tempo ocioso das mesmas com atividades, inclusive durante as férias e foi assim que o grupo chegou no Showtec 2012. No Mirim, elas recebem aulas de reforço escolar e cursos como de bordados, teatro, música, judô e pintura. Ao total são 350 crianças e desde sua criação, em 1996, mais de 5 mil foram atendidas.

Mosca-dos-estábulos – Enquanto meninos e meninas participavam de aulas práticas de Ciências, os adultos do giro tecnológico puderam se aprofundar em medidas de prevenção e controle da mosca-dos-estábulos. Com o aumento dos resíduos orgânicos no meio rural devido à intensificação da produção agropecuária, bem como, a industrialização de determinados produtos, a probabilidade de ocorrência da mosca Stomoxys calcitrans, popularmente conhecida por mosca-dos-estábulos, cresce no Mato Grosso do Sul.

As notícias de surtos eventuais são relatadas há anos. Em 2009, um boom da mosca perturbou os produtores da região sul do Estado. Os focos são de pequena extensão e duram pouco, ocorrendo próximos a áreas canavieiras ou de confinamento de bovinos, associados ou não às usinas alcooleiras ou sucroalcooleiras. Tais ocorrências, em razão do seu caráter geram não só transtorno para os produtores de gado como uma inquietação.

Para entender melhor a relação entre a ocorrência da praga, a cultura da usinagem da cana-de-acúçar e a produção de bovinos de corte, a Embrapa realiza uma pesquisa sobre as condições ecoepidemológicas da mosca-dos-estábulos no contexto da interface usina e produção de gado. Responsável pelo estudo, o pesquisador Paulo Henrique Duarte Cançado, acentua que o combate ao inseto somente é válido “quando a mosca está fraca. Se fizermos isso quando a mosca está forte perdemos a batalha”.


Com essa pesquisa pretende-se levantar informações para a estruturação de um diagnóstico que sirva de modelo para a comparação futura e identificação de ocorrência de surtos, assim como, uma base de dados para a implantação de novas usinas e construções rurais.

Transferência de Tecnologia – produtos à disposição, visitantes no estande. Essa foi a rotina nos três dias de Showtec. Para os analistas de Transferência de Tecnologia (TT) da Embrapa, José Mauro Kruker e Carmem Pezarico, a cada ano a Empresa fortalece seu nome na feira, aproximando suas tecnologias do produtor rural.

Dentre os assuntos mais procurados pelo público, eles destacaram as cultivares de soja, o consórcio de milho com braquiária e pastagens. Os visitantes, segundo os técnicos, também tinham interesse em fruticultura, feijão e culturas para a agroenergia, como a mamona. “Este ano notamos uma forte participação de outros Estados. Atendemos profissionais da assistência técnica da região Sul, de Minas Gerais e Goiás”, observa a engenheira agrônoma Carmem.

Pezarico impressionou-se com a empolgação do grupo de estudantes que esteve no espaço da Empresa e para ela é uma ação que precisa ser aprimorada. “Mostrar à sociedade, não urbana, como a Embrapa está presente na vida do brasileiro”, anima-se.

Com 25 anos atuando em TT, o técnico agrícola e administrador Mauro Kruker reforça a colega e reforça que a Embrapa tem um diferencial e é “esse diferencial que temos que mostrar nos eventos que participamos como expositores. Reunir não somente as Unidades de Mato Grosso do Sul neste espaço, mas trazer para o produtor daqui o que pesquisamos lá no sul do país. Temos competência de sobra para isso”.

E este ano, conforme relatos do chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas, o estande da Embrapa reuniu o maior número de Centros e isso foi enriquecedor. Em, aproximadamente, 2.700 m2, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária trouxe para Maracaju as Unidades - Embrapa Gado de Corte, Embrapa Transferência de Tecnologia, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja, Embrapa Pantanal e Embrapa Agropecuária Oeste.

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