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A importância econômica e social do Tabaco no Brasil

O cultivo de tabaco se destaca por sua relevância econômica e, especialmente, pela qualidade de vida que proporciona às populações das áreas produtoras


O cultivo de tabaco tem elevada importância econômica e social para o Brasil. Comparativamente a outras atividades agrícolas de relevância nacional como trigo, feijão, batata, uva, cacau e tomate, o tabaco alcança altos níveis de geração de renda sem absorver grandes quantidades de terra. Em comparação com o trigo, a produção de tabaco foi obtida em uma área plantada 82% menor, ao mesmo tempo em que gerou um valor bruto de produção 41,8% maior em 2016 (IBGE).

Ainda em 2016, cerca da metade dos municípios da região Sul produziram alguma quantidade de tabaco. Das 566 cidades sulistas, mais de 10% derivavam sua renda agrícola majoritariamente do cultivo do produto. A importância econômica e social do tabaco como principal produto agrícola gerador de renda local supera a de culturas como trigo, uva, laranja e cacau.

A importância econômica e social do tabaco como principal produto agrícola gerador de renda local supera a de culturas como trigo, uva, laranja e cacau.

Análises comparativas de municípios altamente especializados na produção de tabaco também se aplicam a outros indicadores socioeconômicos que exibem melhores condições de vida nas regiões fumageiras. Segundo o Datasus, a mortalidade infantil (0 a 4 anos) em 2015 não só era significativamente menor nas cidades das áreas produtoras de tabaco como apresentava redução mais intensa desde 2006 diante da relativa estagnação observada no cômputo geral dos três estados sulistas.

Já a taxa de homicídios em 2016, indicador bastante relacionado a outros indicadores de violência e criminalidade, também era significativamente menor entre as cidades onde o tabaco representava a maior parte da renda agrícola local. Na região Sul do Brasil, houve 24,3 homicídios por 100 mil habitantes (a menor taxa entre as regiões do país), ao passo que os municípios sulistas de alta especialização do tabaco registraram 4,2 óbitos por 100 mil habitantes, ou 82,7% menor do que a média regional.

Além dessas métricas que sintetizam indicadores de bem-estar social, sobressai-se a taxa de evasão escolar das áreas de produção de tabaco. Segundo o Censo Escolar de 2016, que abrange tanto a rede pública quanto a privada, a proporção de alunos matriculados que abandonaram o ano letivo foi menor nos municípios caracterizados por alta especialização no cultivo de tabaco, relativamente à região Sul. Os resultados mais favoráveis estão presentes em todos os ciclos de ensino (anos iniciais do ensino fundamental, os anos finais e o ensino médio).

Em resumo, o cultivo de tabaco se destaca por sua relevância econômica e, especialmente, pela qualidade de vida que proporciona às populações das áreas produtoras, substancialmente melhor do que a observada nos estados da região Sul como um todo.

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