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A satisfação de produzir o próprio alimento

Utilizar os espaços do terreno, transformando em hortas possibilita que as pessoas possam ter um hábito de mexer com a terra


Utilizar os espaços do terreno, transformando em hortas possibilita que as pessoas possam ter um hábito de mexer com a terra e consumir um alimento produzido em casa, economizando no orçamento familiar

A Emater recomenda o uso de terrenos, quintais de casas também nas cidades para o uso de hortas urbanas. Muitas famílias têm utilizado os espaços vazios para cultivar frutas e hortaliças, consumindo assim o alimento produzido. Entretanto, essa pratica não tem apresentado grandes crescimentos nos últimos anos. Guarientti recomenda aos interessados em ter sua própria horta em fechar o terreno para não entrar animais como gatos e cachorros, que podem estercar no local e transmitir doenças. “Fazer uma horta bem cercada e protegida para não entrar animais. Quanto ao cultivo, vai do gosto das pessoas, como folhosas, tomates, feijão vagem, pepinos chuchu, frutos. Os produtos mais comuns que vemos cultivados em hortas são repolho, couve-flor, alface, chicória e rúcula”, diz.

Quanto ao espaço, o agrônomo comenta que se calcula 12 metros quadrados de canteiro por pessoa que reside na casa, já que a produção é para o consumo. Segundo ele, a economia com essa prática é grande, podendo chegar até dois salários mínimos por ano, caso a pessoa tem o hábito de comer hortaliça.

“Recomendamos fertilizar o solo e procurar um técnico para auxiliar no processo. Adubação orgânica somente se for bem decomposta, porque eles são transmissores de doença, caso a compostagem não for bem feita. E a irrigação, seria através da água da chuva”.
Guarientti comenta que em outros países, muitas pessoas buscam adquirir outros terrenos, fora de suas residências para ter um espaço maior para cultivar a própria horta e consumir os alimentos, já no Brasil, essa prática não é comum.
Entre os benefícios em ter uma horta doméstica, está o combate ao estresse, satisfação pessoal em plantar e colher. Além de que o cultivo de frutas é altamente econômico, pois um pé de laranja pode produzir 40 quilos de laranja, segundo o agrônomo.

Ele destaca que no inverno tem que proteger contra as geadas. “É preciso proteger com túneis baixos, caso contrário, a geada acaba queimando as hortaliças. Mas tanto produzir frutas como hortaliças tem dois aspectos positivos: o prazer de cuidar da horta, reduzir o estresse e a satisfação de produzir o próprio alimento”, diz.

Morador no bairro Rodrigues, em Passo Fundo, Verner João Wobeto, 66 anos, tomou a decisão, há dois anos, em utilizar toda sua área útil de 120 metros quadrados, em uma horta. Construiu uma estufa e no local cultiva hortaliças como alface, tomate e também morangos. Ele diz que sempre gostou de mexer com a terra. Segundo ele, quis aproveitar o tempo livre e, principalmente, consumir um alimento saudável. “Assim, cultivo minha própria hortaliça e frutas. O restante comercializo para amigos. É uma renda extra que sempre vem bem, no sentido de premiar meu esforço e saber que estamos alcançando um produto que se transforma em saúde”, diz.

Ele conta que este é seu hobby. Trabalha com fotografia durante o dia e a noite e finais de semana se dedica a horta. “É uma terapia, coloco os pés na terra e isso é muito gostoso. Sem contar que o alimento tem um gosto diferente por ser orgânico. Tenho produzido 2,5 toneladas de adubo orgânico que eu mesmo preparei com folhas secas, verdes, adubo animal, misturando com terra e minhoca californiana”, acrescenta.

Para aproveitar todo espaço que possui no quintal, os morangos são produzidos nas paredes da estufa. Na última safra, a produção chegou a cerca de 500 bandejas de morangos.

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