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A visão dos diversos setores envolvidos com o agronegócio

O economista chefe do Banco do Brasil, Uilson Melo Araújo, de Brasília, foi quem conduziu a palestra


A segunda parte do 16º Fórum Nacional da Soja, na tarde de hoje, 08/03, teve como enfoque a visão das entidades financeiras, dos setores produtivo, empresarial e governamental sobre o futuro do agronegócio brasileiro.

O economista chefe do Banco do Brasil, Uilson Melo Araújo, de Brasília, foi quem conduziu a segunda primeira palestra da tarde no 16º Fórum Nacional da Soja. Falando da visão estratégica das entidades financeiras sobre a economia e o agronegócio brasileiro, ele disse que o grande desafio do Brasil nos próximos anos é recuperar a capacidade de crescimento sustentado.

As últimas medidas anunciadas pelo Banco Central, segundo ele, visavam muito mais o controle da inflação do que atrair dólar. E mesmo com o Real sobrevalorizado em relação ao dólar, Uilson Melo Araújo acredita que não vai haver queda nas exportações em 2005. Nos últimos dose meses o volume de exportações chegou a US$ 100 bilhões e a expectativa do economista é de que até o final do ano se alcance novamente esse valor.

A VISÃO DOS SETORES PRODUTIVO, EMPRESARIAL E GOVERNAMENTAL

O painel "A Visão dos Setores Produtivo, Empresarial e Governamental" foi apresentado na tarde desta terça-feira, 8 de março, no 16o Fórum Nacional da Soja, realizado na Expodireto Cotrijal 2005. No evento, os painelistas Gilberto Goellner, produtor e suplente de Senador do Estado de Mato Grosso, José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, Clebi Renato Dias, diretor executivo da Copercampos, Caio Cezar Vianna, presidente da CCGL/Termasa-Tergasa e Fábio Trigueirinho da Abiove, retrataram os diversos cenários que envolvem a soja na atualidade.

Na participação de Gallassini, ele apontou que os produtores devem priorizar vender em função de custo, sem ter tanta pretensão de ganhar. Neste sentido, evidenciou os elevados custos de produção, o alto custo de máquinas e implementos, compra de terras, abertura de novas áreas para estocagem, entre outros processos. Entre a falta de liquidez que o produtor vem enfrentando, o painelista apresentou a parte da dívida ocasionada pela seca da soja em 2003/04, parte da dívida prorrogada pela seca e geada no milho safrinha, a comercialização do trigo paralisada de novembro a fevereiro de 2004 e a seca vivenciada neste momento.

Em relação aos problemas de ordem estrutural, Gallassini fez um paralelo da venda antecipada reduzida entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, que vendeu 5%. Além disso, ele salientou problemas de falta de capacidade de armazenagem, estradas e portos deficitários.

Quanto às soluções, Gallassini disse que o governo deve interferir apoiando o produtor para evitar a quebra do setor, prorrogação de débitos de custeio e de investimentos no segmento de máquinas e implementos. A urgência de se ter seguro rural é fundamental para que o produtor não tenha que assumir com a responsabilidade de toda a safra. "O governo tem que incentivar o produtor e assegurar o desempenho da lavoura", resumiu.

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