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Abate de bovinos cai em Goiás no 1º trimestre

Pesquisa do IBGE mostra queda de 18,6% na produção e abate de gado. No país, índice caiu 11,1%


O abate de bovinos registrou queda de 18,6% em Goiás no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2008, índice bem superior ao registrado na média nacional, de -11,%. Ao todo, foram abatidas de janeiro a março último 593.608 cabeças de gado, contra as 728.816 em igual período do ano passado.


Na comparação com o último trimestre de 2008, a queda foi também mais acentuada em Goiás, de 15,08%.

Os dados são da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem e que inclui também o desempenho dos segmentos de frango, suínos, leite, ovos e couro cru. Em Goiás, os produtores continuam com a política de abater femêas, embora a quantidade tenha diminuído 28,36%.

Fatores

Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg), José Manoel Caixeta, a queda do número de abates de bovinos em Goiás se deveu a três fatores: a crise financeira internacional, que provocou a queda da demanda de carnes; a diminuição da oferta de animais, por causa da matança de matrizes nos últimos dois anos; e o fechamento de cinco frigoríficos no Estado, só este ano.

“O setor vive uma crise sem precedentes na história recente.” Os técnicos do IBGE também apontam a recessão da economia mundial como fator que influenciou o abate de animais no Brasil. Segundo eles, a crise ainda persiste e não permite uma retomada de crescimento dessa atividade, que demonstra uma fase de adaptação à nova realidade, interferindo nos negócios nos mercado interno e externo.

No primeiro trimestre deste ano, Goiás foi apontado como o quarto maior produtor nacional de animais bovinos (9,2%). A liderança continua com Mato Grosso (13,6%, seguido de São Paulo (13,3%) e do Mato Grosso do Sul (12,2%), de acordo com a pesquisa do IBGE.


Já a aquisição de couro cru bovino também despencou em Goiás: 16%. Foram 759.510 unidades de couro, contra 904.260 vendidas em igual período do ano passado.

Suínos e frangos
Em movimento oposto, o abate de suínos em Goiás, a exemplo do que ocorreu em todo o País, foi o único a crescer este ano. No Estado, o aumento da produção e abate foi de 12,92%, com o total de 404.405 animais. Na média nacional o abate aumentou 7,1%, segundo o IBGE.

As exportações de carnes suína cresceram 19% em todo o País, enquanto as de carnes bovina sofreram redução de 19%, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.

Já o abate de frangos em Goiás ficou praticamente estável (-0,23%), com 62,621 milhões de aves. De janeiro a março último, o abate de frangos no Brasil teve queda de 5,8% na comparação com igual período do ano passado. A produção de ovos de galinha cresceu 6,9%, com o total de 30.171 dúzias.

Os dados do IBGE relativos a captação e industrialização de leite mostram que as indústrias adquiriram em Goiás 610.401 milhões de litros de leite de janeiro a março último, um aumento de 5,77% em relação ao mesmo período do ano passado.

No País, a produção de leite ficou estável. Minas Gerais continua na liderança da produção, seguido do Rio Grande do Sul. Goiás ocupa o 3º lugar no ranking nacional na produção e industrialização de leite, conforme o IBGE.

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