CI

Abates sob SIF recuaram quase 10% no 1º trimestre de 2018

Dados do Serviço de Inspeção Federal sugerem que os abates de aves sob SIF no primeiro trimestre, estáveis de 2016 para 2017


Embora preliminares, dados do Serviço de Inspeção Federal sugerem que os abates de aves sob SIF no primeiro trimestre, estáveis de 2016 para 2017 (aumento inferior a meio por cento), recuaram em torno de 10% no mesmo período de 2018. 

Na tabela abaixo são apresentados os resultados relativos a 16 Unidades Federativas (UFs) em que ocorrem abates sob SIF (ausente apenas o Piauí, onde os abates “sifados” corresponderam a 0,1% do total abatido). Ela mostra que apenas cinco UFs não registraram queda em 2018: São Paulo (onde os abates permaneceram estáveis em relação a 2017), Distrito Federal, Bahia, Espírito Santo e Rondônia.

Em valores relativos os maiores índices de redução foram registrados em Tocantins, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Mato Grosso. Já em valores absolutos a maior redução de volume recai sobre quatro estados, apenas: Santa Catarina (35,3 milhões de cabeças a menos), Paraná (32,4 milhões), Minas Gerais (29,9 milhões) e Goiás (23,6 milhões de cabeças a menos). Juntos, esses quatro estados responderam por 91% da redução observada (nas 16 UFs, cerca de 132,2 milhões de cabeças a menos).

À primeira vista, o recuo observado nos abates teria sido suficiente para neutralizar o retrocesso nas exportações que, no período, caíram perto de 6%. Notar, porém, que:

1º) acumularam-se estoques de passagem de 2017 para 2018;
2º) a produtividade do frango neste ano é maior que a de um ano atrás;
3º) parte do que antes era abatido como “griller” passou a ser destinado ao mercado interno, com peso significativamente maior.
4º) o poder aquisitivo do consumidor, normalmente débil no primeiro trimestre do ano, deteriorou-se ainda mais em 2018.

Tudo combinado, é certo que a redução registrada, embora expressiva em alguns casos, foi insuficiente para dar equilíbrio ao mercado. Daí, por exemplo, a queda, no trimestre, de 14% no preço médio do frango abatido comercializado internamente. Ou, mesmo, a redução de quase 12% na receita cambial do produto exportado. 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.