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Abertura de mercado americano foi a notícia do ano na pecuária brasileira, avalia Vacari

Para Vacari, abertura servirá de “espelho” para que negociações com outros países avancem


Para Vacari, abertura servirá de “espelho” para que negociações com outros países avancem

O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Luciano Vacari, comemorou a abertura de mercado de carnes in natura entre Brasil e Estados Unidos. Para ele, a medida foi a grande notícia do ano para a pecuária brasileira. “A avaliação é a melhor possível. A abertura põe fim a anos de negociações. O resultado é o reconhecimento do serviço americano da qualidade do nosso serviço de defesa agropecuária”, afirmou, ao Agronotícias.“O mercado americano sempre foi um dos melhores para se vender, pois é exigente e remunera bem. O resultado prático é que temos agora um ‘passaporte’ para acessar outros mercados. E mato Grosso tem totais condições de atender a demanda por este produto”, destacou o presidente do Imac.

Criado em fevereiro de 2016, o Imac tem o objetivo de promover a carne bovina e atestar a qualidade do produto. Mato Grosso é o primeiro Estado brasileiro a ter um órgão com esta finalidade. De acordo com o governador Pedro Taques, a ideia do instituto surgiu durante uma visita ao Uruguai em outubro de 2015, um dos únicos cinco países a contar com um instituto como este.

O Estado, segundo dados do governador Pedro Taques (PSDB), deverá ser o responsável por 25% das exportações de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos. Os norte-americanos definiram uma cota anual de importação de 64,8 mil toneladas in natura e congelada. Mato Grosso é o Estado com o maior rebanho bovino do país e o segundo que mais exporta carne.

Os dados foram apresentados pelo governador, que participou da cerimônia de troca das Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles de Carne Bovina, que marcam a abertura de mercado para carnes in natura entre os dois países. O evento contou ainda com a presença do presidente Michel Temer, dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, e de Relações Exteriores, José Serra, e da embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde.

De acordo com dados do Mapa, os americanos estabeleceram cotas de importação para os países aptos a vender para eles. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa, o Brasil faz parte da cota dos países da América Central, que é de 64,8 mil toneladas por ano, com tarifa de 4% ou 10% dependendo do corte da carne. Fora da cota (sem limite de quantidade), a tarifa é de 26,4 %.

Atualmente, os Estados Unidos são os maiores produtores e consumidores de carne bovina in natura. O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador. No primeiro semestre deste ano, as vendas externas brasileiras chegaram a US$ 2,22 bilhões (ou 571,5 mil toneladas). No período, os maiores compradores foram Hong Kong (U$ 393 milhões), China (U$ 365 milhões), Egito (US$ 329 milhões), Rússia (US$ 181 milhões) e Irã (US$ 168 milhões).

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