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Abiove eleva previsão de exportação de soja do Brasil, mas reduz preços

Abiove elevou a previsão de produção de soja do Brasil em 2016/17 para 113,2 milhões de toneladas



O Brasil deverá exportar um volume recorde de soja de 63 milhões de toneladas este ano, com uma colheita histórica, mas safras abundantes no mundo que pressionam os preços reduziram as projeções de divisas com as exportações brasileiras, afirmou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Em relatório mensal, a Abiove elevou a previsão de produção de soja do Brasil em 2016/17 para 113,2 milhões de toneladas, ante 112,5 milhões estimados no início de junho. A safra passada alcançou 96,2 milhões de toneladas.

A projeção para as exportações do Brasil, maior exportador global de soja, também subiu, para 63 milhões de toneladas em 2017, ante 61,7 milhões anteriormente e 51,6 milhões em 2016. Mas a previsão de receita com vendas externas do complexo soja (grão, farelo e óleo) foi reduzida para 29,23 bilhões de dólares, ante 29,5 bilhões na projeção anterior.

Apesar da redução, o valor representa um aumento de 15 por cento ante a temporada anterior, quando os preços estavam melhores, mas a oferta foi reduzida pela seca. A previsão de preço médio na exportação de soja em grão é de 370 dólares/tonelada em 2017, ante 380 dólares na projeção anterior e 375 dólares no ano passado.

A maior parte das exportações do Brasil é de soja em grão, que deverão somar 23,3 bilhões de dólares --o produto é o principal do agronegócio e da pauta de exportação brasileira. A Abiove manteve a projeção de processamento em 41 milhões de toneladas de soja, ante 39,5 milhões no ano passado.

O estoque final de soja em grão foi estimado em 10,6 milhões de toneladas em 31 de dezembro de 2017, relativamente elevado perto dos últimos anos, quando atingiu de 1,8 milhão a 4,3 milhões.

FARELO E ÓLEO

A produção de farelo e de óleo de soja do Brasil está projetada em 31,10 milhões de toneladas e 8,10 milhões de toneladas, respectivamente, os mesmos volumes informados na previsão anterior. O consumo interno de farelo e óleo também está mantido em 15,8 milhões de toneladas e 6,9 milhões de toneladas, respectivamente. A exportação de farelo está projetada em 15,50 milhões de toneladas, também o mesmo volume da projeção anterior.

(Roberto Samora)

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