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Abiove vê benefícios econômicos, ambientais e sociais no aumento da mistura de biodiesel ao diesel

Adoção do B6 e do B7 é importante para o país



A adoção do B6 (aumento de 5% para 6% na mistura compulsória do biodiesel ao diesel fóssil) e do B7, por meio de Medida Provisória a ser divulgada hoje pela presidente Dilma Rousseff, é um passo importante para o Brasil e para a indústria da soja, principal matéria-prima utilizada na fabricação do biocombustível, pois significa uma oportunidade de agregar mais valor ao grão, gerar empregos e reduzir a ociosidade das unidades industriais processadoras da oleaginosa.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa indústrias de biodiesel, defende, desde 2010, quando da introdução do B5, um horizonte claro e previsível para o aumento da mistura até o nível de 10% (B10). “Todos se beneficiam com patamares mais elevados de uso do biodiesel: população, fabricantes e agricultores familiares”, diz o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli.

Vantagens - Para a associação, são evidentes as vantagens do biocombustível: econômicas, com a elevação de PIB, emprego e renda; sociais, pois, conforme aponta o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cerca de 90 mil agricultores estão envolvidos no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB); e ambientais, porque, segundo revela o estudo “Benefícios Ambientais da Produção e do Uso de Biodiesel”, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel do Ministério da Agricultura, o uso do B7 passará a evitar a emissão de algo como 7,3 milhões de toneladas de CO2eq. por ano. O uso do B10 teria representado cerca de 10,4 milhões de t evitadas de CO2eq. Cada ponto percentual a mais de biodiesel mandatório, no Brasil, é equivalente ao plantio de 7,2 milhões de árvores.

O maior uso do biodiesel gera impactos benéficos à saúde, haja vista que são menores do que as do diesel as emissões de materiais particulados, hidrocarbonetos e monóxido de carbono. 

Redução das importações de diesel - Outra vantagem do biodiesel é que ele contribui para a redução das importações de diesel mineral, lembra Lovatelli. Atualmente, de todo o diesel B consumido no país, mais de 20% têm origem externa. Isso implica redução do nível de emprego doméstico e contribui negativamente para o resultado financeiro da Petrobras. A estatal importa o produto a preços superiores aos negociados dentro do Brasil. Em março de 2014, o preço do diesel entregue nos portos brasileiros – já contabilizados os custos de internação – chegou a R$ 1,89/litro, alta de 13% em relação ao mesmo mês de 2013. Quanto mais biodiesel é agregado à mistura, menor a necessidade de importação do diesel fóssil.

A Abiove tem argumentado que o impacto inflacionário potencial do biodiesel é mínimo. Estudo da FGV patrocinado pela associação revela que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), no caso da evolução do B5 para o B6, sofreria um impacto inferior a 0,010 ponto percentual.

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