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ABRAFRIGO: Exportação de carne bovina não teve bom desempenho em julho

O mercado externo continua preocupando frigoríficos brasileiros exportadores porque julho não trouxe grandes resultados.


Embora a ótima notícia da abertura do mercado norte-americano para a carne bovina in natura brasileira, cujos efeitos vão se verificar mais a médio prazo, o mercado externo continua preocupando frigoríficos brasileiros exportadores porque julho não trouxe grandes resultados. Segundo informações da Secex do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), referentes a carne bovina processada e in natura compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). O Brasil exportou 111.835 toneladas em julho de 2015 e 105.041 toneladas em julho de 2016, queda de 6%. No resultado da comercialização, em 2015, o país teve o ingresso de US$ 498,7 milhões enquanto que, em 2016, a entrada de dólares foi de US$ 408,7, milhões, numa queda de 18%. E a base de comparação não é boa porque 2015 já foi um ano de redução nas exportações.

Segundo a ABRAFRIGO, embora janeiro e abril tenham registrado crescimento de apenas 1%, esta foi a primeira vez neste ano que as exportações apresentaram num determinado mês um número inferior a 2015. No acumulado de janeiro a julho, no entanto, a quantidade exportada continua com melhor desempenho do que no ano passado, enquanto a entrada de dólares diminuiu. Em sete meses, o Brasil exportou 818.120 toneladas em 2016, contra 746.902 toneladas em 2015, o que significa um crescimento de 10%. Nas receitas, porém, o resultado foi de vendas de US$ 3,19 bilhões em 2015 e de US$ 3,13 bilhões em 2016, queda de 2%.

Pelos dados da ABRAFRIGO, entre os principais clientes do país, o mercado chinês continua ampliando suas aquisições: pela cidade estado de Hong Kong ele importou, em 2015, 152.842 toneladas nos primeiros sete meses do ano. No mesmo período de 2016 a movimentação cresceu para 177.764, num aumento de 16%. Pela China Continental as importações de 2015 alcançaram 15.140 toneladas e subiram para 90.362 toneladas em 2016. O Egito, segundo maior cliente do país, elevou suas aquisições de 109.293 toneladas em 2015 para 129.103 toneladas em 2016. Já a Rússia importou 26% menos carne bovina brasileira, caindo de 111.492 toneladas em 2015 para 82.104 toneladas em 2016.

O Irã também apresentou queda das 59.452 toneladas em 2015 para 51.050 em 2016 (-14%). Os Estados Unidos reduziram suas compras de 20.210 toneladas no ano passado para 18.278 toneladas neste ano (-9,6%). Finalmente, outro grande importador, a Venezuela, apresentou redução nas suas compras de 58.149 toneladas em 2015 para 14.783 toneladas em 2016, queda de 74%.

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