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Abrafrigo questiona rateio de cota Hilton no país

Associação acredita que apenas grandes frigoríficos são beneficiados


A perspectiva de elevação da cota Hilton de 5 mil toneladas para 47,5 mil toneladas levou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) a divulgar, na sexta, nota contestando os critérios de rateio do benefício. A entidade solicianta a autoridades brasileiras um sistema 'mais justo e democrático, de forma a contemplar todas as empresas habilitadas'. Atualmente, das 5 mil toneladas a que o Brasil tem direito, cada planta indústrial com SIF detém cerca de 24 toneladas, somando, em média, mil t . O restante é dividido conforme as exportações medidas em dólares do ano anterior. Para a entidade, o rateio 'privilegia somente os grandes frigoríficos bovinos brasileiros'.

A Abrafrigo destaca que, se a projeção de aumento dessa fatia de mercado se concretizar 'a distorção vai aumentar ainda mais'.
O vice-presidente da Farsul, Fernando Adauto, salienta que o Brasil não cumpriu a cota do ano passado devido à rastreabilidade. 'Enquanto não resolvermos isso, de nada adianta aumentar a cota.' Adauto explica que a pouca oferta de animais rastreados se deve à dificuldade de execução da IN 17 e falta de gado no mercado. 'Houve redução no abate, o que aumentou o preço e nivelou o valor com o do produto para a exportação.' Ele projeta que a situação deve melhorar com a normalização dos abates e a aprovação de nova normativa.

Adauto diz que é preciso que equilíbrio entre as empresas, mas pondera que, se a distribuição linear se estabelecer 'vai gerar a comercialização de cotas'. No Estado somente o Frigorífico Mercosul está habilitado para o benefício.

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