Pequeno produtor vai obter recurso oficial mesmo que 50% da renda familiar seja não agrícola
Pelo menos 32 mil agricultores familiares gaúchos que estavam excluídos do crédito oficial poderão ter acesso ao benefício a partir deste ano. Esta é a estimativa da Fetag e Fetraf-Sul frente à alteração no cálculo da renda familiar anual para Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que deve ser aprovada este mês pelo Conselho Monetário Nacional. Como o Estado possui 323.828 DAPs válidas, as federações calculam que o número de registros pode aumentar, no mínimo, em 10%. Atualmente, o Manual do Crédito Rural (MCR) permite que apenas 30% da receita obtida pelos produtores seja proveniente de atividades não agrícolas. Segundo o diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da a Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luiz Guadagnin, com a modificação, esse percentual será elevado para 50%. Contudo, o valor somente será somado à renda do campo se um dos membros da família receber salário superior a R$ 10 mil.
Para o coordenador da Fetraf-Sul, Celso Ludwig, a mudança significa a correção de uma injustiça, pois a realidade atual do campo é a pluriatividade. "Esses agricultores acabam pegando o custeio no comércio, sem amparo nenhum de seguro e políticas públicas." O presidente da Fetag, Elton Weber, também avalia positivamente a medida. "É importante que haja esse mecanismo, pois é cada vez mais comum filhos ou até a esposa do agricultor trabalharem fora."
Quem aguarda ansiosamente pela modificação é o agricultor de Não-Me-Toque Michel Dal Pizzol. Como sua esposa trabalha em um banco e a renda dela equivale à metade da receita familiar, o produtor tem que buscar o custeio das lavouras de milho e de soja na cooperativa. Nesta safra, devido à estiagem, o lucro com os sete hectares do cereal será anulado. Ele esperava colher 150 sacas por ha, mas este número não deve passar de 60, que é justamente a quantidade devida à cooperativa pelo fornecimento de insumos. "Espero poder plantar com mais tranquilidade na próxima safra."
Pelo menos 32 mil agricultores familiares gaúchos que estavam excluídos do crédito oficial poderão ter acesso ao benefício a partir deste ano. Esta é a estimativa da Fetag e Fetraf-Sul frente à alteração no cálculo da renda familiar anual para Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que deve ser aprovada este mês pelo Conselho Monetário Nacional. Como o Estado possui 323.828 DAPs válidas, as federações calculam que o número de registros pode aumentar, no mínimo, em 10%. Atualmente, o Manual do Crédito Rural (MCR) permite que apenas 30% da receita obtida pelos produtores seja proveniente de atividades não agrícolas. Segundo o diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da a Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luiz Guadagnin, com a modificação, esse percentual será elevado para 50%. Contudo, o valor somente será somado à renda do campo se um dos membros da família receber salário superior a R$ 10 mil.
Para o coordenador da Fetraf-Sul, Celso Ludwig, a mudança significa a correção de uma injustiça, pois a realidade atual do campo é a pluriatividade. "Esses agricultores acabam pegando o custeio no comércio, sem amparo nenhum de seguro e políticas públicas." O presidente da Fetag, Elton Weber, também avalia positivamente a medida. "É importante que haja esse mecanismo, pois é cada vez mais comum filhos ou até a esposa do agricultor trabalharem fora."
Quem aguarda ansiosamente pela modificação é o agricultor de Não-Me-Toque Michel Dal Pizzol. Como sua esposa trabalha em um banco e a renda dela equivale à metade da receita familiar, o produtor tem que buscar o custeio das lavouras de milho e de soja na cooperativa. Nesta safra, devido à estiagem, o lucro com os sete hectares do cereal será anulado. Ele esperava colher 150 sacas por ha, mas este número não deve passar de 60, que é justamente a quantidade devida à cooperativa pelo fornecimento de insumos. "Espero poder plantar com mais tranquilidade na próxima safra."
Pequeno produtor vai obter recurso oficial