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Acionistas apóiam união da Fosfertil e Bunge

A reorganização da Forfetil permanece sujeita à decisão do Tribunal de Justiça de SP


Os sócios minoritários da Fertilizantes Fosfatados S.A. (Fosfertil) anunciaram na segunda-feira (08-01) que apóiam a união da empresa com a Bunge. Em fato relevante enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a Hedging Griffo Corretora de Valores S.A. e a Skopos Administradores de Recursos Ltda., que administram fundos de oito milhões de ações preferenciais (33,5% do total), manifestaram-se favoráveis à reorganização societária e operacional envolvendo a companhia, sua controlada Ultrafertil S.A. e a Bunge Fertilizantes S.A..

"É muito mais que um apoio. Nós assinamos acordo com a Bunge, que se comprometeu a migrar para o novo mercado da Bovespa", diz Pedro Cerize, gestor de Recursos da Skopos Administradores de Recursos Ltda. Atualmente, as ações estão no nível normal e, no novo mercado, mudam de status. Segundo Cerize, o risco dos papéis caem, além de os acionistas minoritários terem mais vantagens, como por exemplo, o direito ao voto. Ele acrescenta que, no novo mercado, a tendência é de alta nas cotações das ações. Desde que as duas empresas anunciaram a intenção de fusão, as ações da Fosfertil se 7,8%, cotadas a R$ 34,50.

Cerize acrescenta que, até o momento, apenas aqueles que vão perder com o negócio haviam se manifestado - existe uma liminar impetrada pela Mosaic suspendendo as negociações. "Torcemos para que a liminar caia, pois o negócio será bom para a Fosfertil", avalia Cerize. De acordo com ele, a partir da fusão a empresa será não só líder na produção, mas também na distribuição dos insumos. "Além disso, poderá investir mais e competir com os importados, que detém o mercado", avalia.

Os acionistas Bunge Brasil Holdings B.V. e Bunge Participações e Investimentos S.A., formalizaram o acordo firmado com os minoritários, enviado à Fosfertil carta-compromisso de voto de promover a adesão pela companhia ao novo mercado.

A reorganização da Forfetil permanece sujeita à decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. Com a reestruturação, a empresa terá faturamento estimado em R$ 5,8 bilhões.

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