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Acionistas decidem venda da Vale do Rosário nesta terça-feira

Minoritários podem exercer o direito de preferência para comprar as ações dos majoritários


Minoritários podem exercer o direito de preferência para comprar as ações dos majoritários. A Companhia Açucareira Vale do Rosário, de Morro Agudo, alvo de oferta hostil de compra feita pela Cosan S.A. Indústria e Comércio, com sede em Piracicaba, viverá nesta terça-feira (13-02) seu dia D, quando o bloco de acionistas minoritários, contra a venda da empresa à Cosan, decidirá em reunião qual será o futuro societário da companhia.

Segundo o vice- presidente da empresa, Cícero Junqueira Franco, uma coisa é certa: "Já é decisão e compromisso do bloco que exerceremos o direito de preferência para comprar as ações dos majoritários. Se alguém quiser, pode vender, mas depois", disse ele. Tudo para que a usina não fique nas mãos de Rubens Ometto da Silveira Mello, controlador da Cosan.

A fusão com a Companhia Energética Santa Elisa e a posterior abertura de capital do grupo também é praticamente certa. "Estamos trabalhando e usando todas as nossas armas e ferramentas para que este projeto se concretize, e para que a empresa não vá para as mãos da Cosan", disse Franco.

Segundo ele, os minoritários poderão optar amanhã por três caminhos: vender as ações depois da fusão com a Santa Elisa; vendê-las após a abertura de capital do grupo; e "permanecer acionista da Vale do Rosário até que a morte os separe", diz o vice-presidente da empresa.

O direito de preferência de compra das ações da Vale do Rosário, avaliada pela Cosan em R$ 770 milhões, será exercido "o mais rápido possível" pelos acionistas minoritários, detentores de 49,8% do capital da companhia. Segundo Franco, uma reestruturação acionária, com a entrada de novos sócios, é praticamente certa.

Para comprar os 51,2% em mãos dos que querem vender sua participação, os minoritários não descartam a entrada de recursos de bancos, fundos, empresas e investidores dispostos a financiá-los. O exercício do direito de preferência dos acionistas para a compra das ações da Vale do Rosário expira em 26 deste mês.

Fundada em 1964, a Vale do Rosário controla três unidades: a MB, de Morro Agudo, a Jardest, de Jardinópolis, e a Frutal, da cidade de mesmo nome, que começa a operar nesta safra. A Vale ainda é sócia do Grupo Maeda e da Santa Elisa na usina Tropical, a ser construída em Edéia (GO), e detém 35% do capital da Crystalsev, empresa que comercializa a produção de álcool e açúcar de oito usinas paulistas. A Cosan, por sua vez, tem 17 usinas paulistas.

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