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Ações da Parmalat são suspensas "indefinidamente" da bolsa de Milão


A bolsa de Milão decidiu suspender "indefinidamente" a negociação das ações da fabricante de laticínios italiana Parmalat. O anúncio foi feito ao mesmo tempo em que o fundador e ex-diretor da empresa, Calisto Tanzi, continua sendo interrogado pela Justiça italiana. Tanzi foi preso na noite de sábado em Milão, acusado de fraude e apropriação indébita de fundos.

Ele é uma das 20 pessoas investigadas na empresa que, na quarta-feira, pediu concordata após admitir um rombo de US$ 5 bilhões em suas contas. Na quarta-feira, a polícia fez uma busca na casa de Calisto Tanzi na cidade de Collecchio, em Parma. Caixas de documentos foram retiradas da propriedade na procura por evidências de irregularidades relacionadas à Parmalat.

Insolvente

A prisão de Tanzi ocorreu poucas horas depois de uma corte da Itália declarar a Parmalat como "oficialmente insolvente". Isso significa que a empresa alimentícia, que é o oitavo maior grupo industrial da Itália, vai poder manter suas operações normalmente para pagar seus fornecedores. Acredita-se que a Parmalat deva a pecuaristas italianos cerca de US$ 149 milhões. A empresa agora terá seis meses para apresentar um plano de recuperação.

Mas o correspondente da BBC em Roma, Jonathan Charles, afirma que o destino dos cerca de 36 mil funcionários da Parmalat em todo o mundo ainda é incerto. Duas equipes de investigadores italianos agora estão revisando os livros de registro da empresa, para tentar descobrir como ela conseguiu manter seus negócios baseados em documentos supostamente falsos.

Seguradoras

Na quinta-feira, seis seguradoras estrangeiras credoras da Parmalat entraram com um processo nas Ilhas Cayman contra a gigante de laticínios italiana pelo não pagamento de títulos vencidos neste mês.

Os credores – Jefferson-Pilot Life Insurance, Monumental Life Insurance, New York Life Insurance and Annuity, Principal Life Insurance, Transamerica Occidental Life Insurance e Transamerica Life Insurance – querem o controle de duas unidades da Parmalat nas Ilhas Cayman, informou a agência de notícias Reuters. Segundo algumas estimativas, as dívidas da Parmalat poderiam ultrapassar US$ 10 bilhões.

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