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Ações do Programa ABC devem ser ampliadas em 2012

Programa capacitará cinco mil técnicos e 25 mil produtores rurais


Programa ABC capacitará cinco mil técnicos e 25 mil produtores rurais para difundir e incentivar a adoção de práticas sustentáveis nas propriedades

O governo federal ampliará as ações do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) em 2012. Uma das iniciativas previstas para este ano é a capacitação de cinco mil técnicos e 25 mil produtores rurais pelo programa com o objetivo de difundir e incentivar a adoção de práticas sustentáveis nas propriedades rurais para redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs). Estas e outras metas foram apresentadas pelo coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Elvison Ramos, durante o primeiro seminário de Capacitação do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono, realizado nessa terça-feira, em Brasília (DF).

O evento, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Embaixada Britânica, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), MAPA e Banco do Brasil, é o primeiro de quatro encontros programados para discutir práticas sustentáveis no setor agropecuário a partir do Programa ABC, criado para financiar projetos que promovam a atividade rural sustentável. Outro objetivo destes eventos é sanar as principais dúvidas sobre os financiamentos existentes no programa, a partir da apresentação de projetos voltados para a mitigação dos efeitos do clima sobre a produção. O próximo seminário acontece na quinta-feira (2/2), em Belo Horizonte (MG). No dia 6 de fevereiro, o evento será realizado em Salvador. A série de seminários regionais de capacitação encerra no dia 14 de fevereiro, em Porto Alegre (RS).

Para o representante do MAPA, o setor agropecuário tende a ser um importante aliado neste processo de redução dos efeitos do clima na produção de alimentos, desde que amparado por políticas públicas. “Este é um dos desafios para a agricultura, que pode vir a ser uma grande amiga deste processo”, ressaltou. Ele explicou, também, que há grupos gestores em 11 Estados destinados a difundir as ações do Programa ABC. Este ano o governo pretende estender esses grupos para todas as unidades da Federação.

Outro palestrante do evento foi o supervisor de Informação e Programação do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Luiz Adriano Cordeiro, que falou sobre as principais tecnologias que propiciam uma agricultura com baixa emissão de carbono. Hoje, as práticas mais utilizadas são: recuperação de pastagem degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, florestas plantadas e tratamento de dejetos animais.

Ele explicou que estas práticas permitem a redução da emissão de GEEs a partir do aumento do seqüestro de carbono, diminuindo o impacto do clima sobre a produção e propiciando o aumento da produtividade sem a necessidade de abertura de novas áreas para a atividade rural, o que pode se transformar em ganhos comerciais para o produtor. Apesar das vantagens, ele ressaltou a necessidade de mais investimentos em pesquisa e tecnologia, estudos sobre indicadores de sustentabilidade e parcerias público-privadas.

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