O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o termo de compromisso assinado na semana passada entre trabalhadores da cana-de-açúcar, usineiros e governo, para melhorar as condições de trabalho do setor, ajudará a diminuir as críticas que são feitas no exterior à produção brasileira de etanol. Segundo o presidente, o acordo tem entre outros objetivos, ‘‘resolver essas coisas que eram motivos usados contra nós no exterior’’.
Ele contou que até trabalhadores do setor de cana-de-açúcar chegaram a ser levados para outros países para criticar o setor sucroalcooleiro. Sem dar nomes, o presidenten lembrou que, certa vez, recebeu uma autoridade estrangeira que disse que o trabalho de corte da cana era muito penoso. ‘‘Eu respondi que sabia que era um trabalho duro, mas melhor que o trabalho em uma mina de carvão, que foi o que transformou o país dele (da autoridade estrangeira) em uma potência’’, disse.
Segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única), Marcos Jank, o compromisso assinado prevê a adoção de ‘‘50 práticas empresariais exemplares’’ no tratamento dos operários. Um dos principais compromissos assumidos pelas 303 usinas que assinaram o acordo foi a adoção da contratação direta dos trabalhadores que atuam no plantio e no corte da cana, eliminando assim a figura do intermediário, conhecido como ‘‘gato’’. Jank também reconheceu que esse compromisso de melhores práticas ‘‘ajudará a aprovar a sustentabilidade do etanol brasileiro’’.
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