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Acordo com Argentina sobre leite tende a ser prorrogado


O Brasil pode anunciar até amanhã (20-02) a prorrogação do acordo de preço firmado com a Argentina em 2001, como medida antidumping, para as importações de leite. Ontem, representantes do governo brasileiro e da Argentina se reuniram no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para discutir a prorrogação do acordo, cujo prazo expira no dia 23 de fevereiro.

Os produtores brasileiros defendem a prorrogação, alegando que seu término pode elevar as importações de leite argentino, o que seria prejudicial num momento em que o setor vive uma crise de preços agravada pela concordata da Parmalat.

Rodrigo Alvim, presidente da comissão nacional de pecuária leiteira da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), disse que a alternativa à prorrogação é o Brasil determinar a revisão do acordo de forma unilateral. O país teria então um ano, período em que seria feita uma reavaliação da investigação.

O acordo de preços é resultado de investigação antidumping feita pela pasta do Desenvolvimento contra Argentina, Uruguai, UE e Nova Zelândia em 2001. Para evitar a sobretaxação, Argentina e Uruguai fixaram limites de preço para o leite exportado ao Brasil, com base na variação dos preços internacionais. Com essa medida, as importações brasileiras de leite, que já chegaram ao equivalente a 3,2 bilhões de litros, caíram para 500 milhões no ano passado. Em 2002, foram 1,4 bilhão.

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