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Acordo Mercosul-Canadá favorece produção brasileira

Exportação de carne bovina é uma das grandes oportunidades do possível acordo


Um possível acordo comercial entre o Mercosul e o Canadá criará oportunidade para 321 produtos brasileiros que atualmente chegam mais caros e competem em condição de desigualdade no mercado canadense, segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O Canadá é o décimo maior importador mundial e comprou mais de US$ 500 bilhões no ano passado, mas o comércio entre o Brasil e o Canadá foi de apenas US$ 4,5 bilhões em 2017. Entre os setores que poderão ser os maiores beneficiados com o livre-comércio entre os dois países estão o automotivo, química, metalurgia, agricultura, pecuária, mineração e informática, entre outros.

As negociações começaram no início do mês depois do presidente americano Donald Trump anunciar que taxaria a importação de aço, o que prejudica principalmente o Brasil. Técnicos do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços iniciaram a primeira rodada de discussões no Canadá e não há prazo para conclusão.

Segundo a CNI, um acordo com o Canadá traria oportunidades, principalmente, porque baixaria tarifas que hoje incidem sobre os produtos brasileiros e que encarecem o preço no mercado canadense. Algumas tarifas de importação para produtos brasileiros são de 6% no caso de autopeças, 16% a 18% no caso de calçados, sendo que no caso do agronegócio as barreiras podem chegar a 70%.

A lista de 321 produtos foi feita baseada no que o Canadá importa e no que o Brasil vende ao exterior com competitividade, mas que não chegaria aos canadenses. Da lista, 84 produtos possuem tarifa de importação. No caso da carne bovina, a alíquota média foi de 13,25% e a exportação para os canadenses foi próxima de zero. Algo similar acontece com o calçado. Em 2017, as vendas foram de apenas US$ 500 mil com uma tarifa média de 16,7%. “Em um mercado tão competitivo como esse, é impossível concorrer com uma sobretaxa desse tamanho”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi,

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