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Acordo no Cade permite que Perdigão injete capital na Sadia

As duas empresas poderão colocar em prática as medidas que julgarem necessárias para fazer uma reestruturação financeira


Acordo fechado com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) vai permitir que a Perdigão faça uma injeção de capital ou renegocie dívidas com os credores da Sadia, mesmo antes de aprovada a fusão entre as duas empresas.

O entendimento entre o órgão de defesa da concorrência e as duas antigas competidoras foi assinado anteontem e oficializado ontem pelo plenário do Cade.

As duas empresas poderão colocar em prática as medidas que julgarem necessárias para fazer uma reestruturação financeira da Sadia, desde que mantenham suas operações separadas até que o caso seja julgado definitivamente, o que ainda não tem data para ocorrer.

Essa autorização difere de todos os outros acordos semelhantes feitos pelo Cade em grandes fusões. Normalmente, o órgão determina que as empresas continuem funcionando separadamente até que a operação seja julgada em definitivo.

Nesse caso, a preocupação é com a situação financeira da Sadia, abalada depois das perdas bilionárias no mercado de câmbio. No ano passado, a companhia teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

No acordo oficializado ontem, as duas empresas se comprometeram a não fechar fábricas nem fazer demissões em massa. Informações consideradas estratégicas não poderão ser compartilhadas. Executivos da Perdigão também estão proibidos de participar de decisões na Sadia, e vice-versa.

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