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Acordo vai racionalizar uso da água na irrigação

O objetivo é aumentar as áreas irrigadas brasileiras sem destruir os mananciais


Um acordo de cooperação técnica que vai aliar as políticas agrícolas à preservação dos recursos hídricos foi assinado nesta sexta-feira (15-12) entre a Agência Nacional de Águas e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo é aumentar as áreas irrigadas brasileiras sem destruir os mananciais. “O uso da água de forma racional, e a partir da irrigação, vai contribuir extraordinariamente para o aumento da produtividade agropecuária”, disse o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto.

O Brasil tem hoje mais de 17 milhões de hectares de área plantada. Desse total, 4,5 milhões são de cultivo de grãos como soja, milho, arroz e trigo. Mesmo assim, apenas 6% do total de hectares plantados (3,5 milhões de hectares), são irrigados. “É um número relativamente pequeno. A média mundial é três vezes maior”, afirmou o ministro.

Apesar do índice considerado baixo, a irrigação é responsável por 69% do consumo da água disponível no país. “O Brasil irriga pouco ainda, precisa irrigar mais. Tem de aproveitar a disponibilidade de água, ampliar a irrigação, mas tem de fazer isso de forma racional. Temos de fazer uma gestão inteligente das nossas águas. Não vamos fazer essa gestão sozinhos. Vamos fazer envolvendo todos os atores que demandam água e os setores que praticam as políticas públicas”, ressaltou o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado.

Uma das propostas do acordo é desenvolver um centro de referência de irrigação, onde serão feitos estudos adequados a cada região do país, dependendo do tipo de solo e das condições ambientais locais. O centro vai também de desenvolver métodos e tecnologias para aumentar o índice de solo irrigado com baixo consumo de água.

“A gestão integrada e compartilhada das águas é um requisito fundamental para preservarmos os nossos recursos hídricos. A nossa cooperação com o ministério da Agricultura é necessária porque é o setor que formula a política agrícola”, destacou José Machado.

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