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Acordos em dia

Agricultores gaúchos tem mantido os acordos futuros e entregue a produção para empresas


Apesar da estiagem e prejuízos na safra, agricultores gaúchos tem mantido os acordos futuros em dia e entregue a produção para empresas
 
A estiagem que assola o Estado acumula grandes perdas nas lavouras. Entretanto, muitos produtores que firmaram contratos futuros, independente dos prejuízos, precisam manter seus compromissos e fazer as entregas. Caso contrário, ele será acionado via judicialmente. Entretanto, corretoras de produtos agrícolas afirmam que por enquanto, todos os compromissos estão sendo honrados.

De acordo com Cleber Bordignon, diretor da Agroinvvesti Corretora de Produtos Agrícolas, com o milho, todos os contratos estão sendo cumpridos. No que se refere à soja, Bordignon diz que foram feitos bons negócios antecipados, níveis de preços até acima de R$ 50,00 a saca. Os contratos futuros ficam entre 30% a 35% da safra, contra 25% da safra anterior. O diretor da corretora afirma que não há como o produtor não cumprir seus contratos com a empresa, que por sua vez, tem com a exportação. “É uma cadeia que não pode ser quebrada”, acrescenta.

Na região, a quebra na produção de soja pode chegar a 30% e, em cima da produção do ano passado, uma média de 60 sacas por hectare, a colheita seria de 42 sacas por ha, em média. “Se pegarmos no Estado, que a produção foi de 12 milhões de t, fala-se em 8,5 milhões de t é um volume que tradicionalmente se alcança, então, não haveria como não cumprir com o compromisso”, enfatiza.
 
Com relação aos preços, Bordignon diz que mesmo se a quebra de safra fosse superior, não seria vantajoso vender a preço de mercado, porque os contratos firmados são até acima de R$ 51,00 a saca.

Mas apesar dos prejuízos, os agricultores estão mantendo os acordos, o que, na opinião do diretor da Agroinvvesti, mostra a credibilidade que ele tem quando realiza um negócio, com planejamento, organização e boa tecnologia empregada nas lavouras, o que ameniza os impactos da falta de umidade.

A cada safra, o número de produtores que opta por esta ferramenta de comercialização aumenta. Normalmente, os contratos feitos estão atrelados ao pagamento de outros compromissos, como financiamentos ou de revendas de agroquímicos. Mas como no período em que firma-se este contrato se tem uma vaga ideia do comportamento climático, a recomendação é de que se negocie uma média de sacas que historicamente consegue-se obter. “Na região, sabe das consecutivas secas que são registradas, por isso o agricultor tem que fazer seu contrato mediante a média de sua produtividade, que mesmo em períodos de falta de chuva consegue obter. Desta forma, ele garante bons preços e mantém os contratos quitados”, conclui.

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