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Acrimat: decisão de objeção ao Plano do Independência é certa

Nesta quinta-feira representantes dos cinco estados onde o Independência atua, se reúnem na sede da CNA para traçar uma proposta unificada de mudanças no Plano de Recuperação Judicial apresentado pelo Independência

A mobilização de 1.554 pecuaristas credores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Minas Gerais é grande. Nesta quinta-feira representantes dos cinco estados onde o Independência atua, se reúnem na sede da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária) para traçar uma proposta unificada de mudanças no Plano de Recuperação Judicial apresentado pelo Independência. “Essas propostas serão apresentadas na parte da tarde aos representantes do frigorífico Independência. De concreto, o que sabemos, é que a objeção ao Plano é um ponto unânime entre todos os credores. Do jeito que está não aceitamos em hipótese nenhuma”, disse o presidente da Comissão de Produtores Credores de Frigoríficos em Recuperação Judicial da Famato, Marcos da Rosa.

A dívida do Independência de mais de R$100 milhões com os pecuaristas representa 5.6% da dívida total da empresa e de acordo com a proposta apresentada no Plano de Recuperação, as dívidas de até R$ 80 mil que englobam 985 produtores (63,38%) e perfazem o montante de R$ 34,45 milhões, o que representa 17,75% do valor total devido aos credores pecuaristas, serão pagas à vista. “Esse ponto da proposta ainda está vinculado a obtenção de um empréstimo no valor de R$ 330 milhões, sem uma data definida, por isso não podemos dizer os R$80 mil serão pagos à vista. Além disso, a dívida acima desse montante (R$ 80 mil) seria paga em 36 meses, sem nenhuma garantia. Não podemos aceitar. Somos os fornecedores de toda essa cadeia e ainda por cima, as empresas trabalham com nosso capital de giro por 30 dias, sem pagar juros, ou melhor, entregamos nosso produto sem nenhuma garantia de receber. Os frigoríficos deveriam pagar os pecuaristas, pois representa pouco mais de 5% de sua dívida, e com isso continuar recebendo o principal produto para voltar ao mercado, que é o boi”, comentou o representante da Acrimat.

Mas, apesar da crise e da indignação dos pecuaristas com a proposta apresentada, os pecuaristas querem que o Independência volte a abater. Só aqui em Mato Grosso, as cinco plantas frigoríficas do grupo são responsáveis pelo abate de 3.450 cabeças/dia. No município de Confresa o abate era de 1000 cabeças/dia; em Juina 500/dia; N. Xavantina 750/dia e em Pontes e Lacerda 1200cabeças/dia. “Precisamos que o Independência volte a funcionar, pois o perigo de um monopólio é muito ruim para o setor. Queremos encontrar uma maneira de colaborar com a solução do problema, mas não podemos aceitar o que estão nos propondo”, ressaltou Marcos da Rosa.

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