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Acrimat acompanha primeiro abate para envio de carne bovina aos EUA

Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) acompanhou do abate até a embalagem das caixas


Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) acompanhou do abate até a embalagem das caixas

Menos de dois meses após a liberação das exportações de carne brasileira in natura para os EUA, Mato Grosso prepara o envio do produto aos americanos. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) acompanhou a primeira etapa de produção – do abate até a embalagem das caixas, que aconteceu em Paranatinga. Com a planta habilitada para as vendas externas desde o dia 21 de setembro, o frigorífico abateu cerca de 500 animais, e a expectativa é de que, na primeira semana de outubro, sejam embarcadas 25 toneladas de carne bovina mato-grossense in natura para o consumo norte-americano.

Após 17 anos de negociações, em agosto Brasil e EUA trocaram cartas de reconhecimento dos controles oficiais países. A cota de comercialização é de 64,8 mil toneladas/ano. Para o superintendente da Acrimat, Francisco Manzi, o Estado está preparado para atender os mercados internacionais. “A abertura de mercado entre Brasil e Estados Unidos abriu espaço para que a carne bovina mato-grossense alcance consumidores exigentes, e os produtores do Estado estão preparados. O planejamento e investimentos na produção tem garantido a entrega da qualidade para a exportação do produto”, destacou Manzi.

Durante a visita o superintendente e o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, que também é diretor de relações públicas eleito para a próxima gestão da Acrimat, Ricardo Arruda, debateram o panorama de exportações e as exigências internacionais de qualidade com diretores do frigorífico e pecuaristas presentes.

Uma fazenda em Poxoréu-MT, que abate cerca de 12 mil cabeças/ano para exportação e é uma das fornecedoras do frigorífico em Paranatinga, é um dos exemplos desse comprometimento com a qualidade da carne bovina. Anderson Zanetti, diretor pecuário do grupo e associado da Acrimat, reforça que um produto diferenciado tem suas vantagens. “A rastreabilidade, uma das primeiras exigências para exportar, trouxe uma organização diferenciada para as propriedades. E trouxe com ela os investimentos em genética, nutrição, que trazem o ganho em idade de abate e rendimento”, destaca Zanetti.

Outro ponto importante é a comercialização. “A profissionalização vem acontecendo. Da porteira para dentro a pecuária faz um bom trabalho. A grande demanda é a porteira para fora. Hoje para que sejamos melhores premiados, temos que trabalhar não só a qualidade, mas estar atento ao mercado, às formas de venda que tragam melhor rentabilidade na comercialização. O mercado é soberano, então temos que ter flexibilidade. Trabalhar de acordo com custo de produção e o custo de vendas.  O foco na produtividade tem que ser a meta do produtor em qualquer situação”, afirma Zanetti.

Para o CEO da multinacional responsável pela planta em Paranatinga, Martin Secco, a abertura de mercados deve aumentar a demanda. O grupo tem 3 plantas habilitadas para exportação – Promissão-SP, Paranatinga-MT e Bataguassu-MS, de onde saiu a primeira carga para os Estados Unidos. “Os embarques agora começam a acontecer regularmente, como para outros mercados externos – de uma a duas cargas por semana nacionalmente. Os primeiros para os Estados Unidos já foram. Agora começa a rotina normal, buscando o melhor mix produtivo de cada mercado de cada uma das plantas”, afirmou Martin. Segundo o Executivo, o mix mais procurado é o de cortes dianteiros – como patinho e os ‘cortes de roda’, como o coxão mole.

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