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Acrimat rescinde acordo para auditagens


A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) anunciou ontem que rescindiu o termo de cooperação técnica firmado com Instituto Nacional de Defesa Agrícola de Mato Grosso (Indea) para ampliar o número de auditores oficiais do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeira Produtiva de Bovinos e Bubalinos, que começou a vigorar em junho.


O termo tinha como objetivo o intercâmbio e disponibilização de pessoas para atuarem na defesa sanitária animal. A Acrimat contratou e colocou à disposição do Indea 10 médicos veterinários, que começaram a trabalhar no dia 1° de junho. “Infelizmente tivemos de rescindir o acordo, pois estávamos pagando os veterinários e eles ficaram parados durante 40 dias aguardando um posicionamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Mapa, que não fez a sua parte, que era de custear as diárias e deslocamento das equipes”, disse o diretor financeiro da Acrimat, Maurício Campiolo. Ele explica ainda que esse acordo havia sido selado para driblar o problema que vem causando um prejuízo enorme para Mato Grosso, “mas infelizmente tivemos que desfazê-lo, que rescindi-lo”, afirmou.

Atualmente, 492 propriedades mato-grossense aguardam a auditoria oficial para fazer parte das propriedades aptas a exportar carne in natura para os mercados que exigem o Eras/Sisbov, como é o caso da União Européia (UE). O sistema de rastreabilidade é uma ferramenta importante na gestão da fazenda e agregar valor ao produto. O valor pago para o gado com certificação é de até 12% superior ao que não tem. “Isso significa que o pecuarista está deixando de receber R$ 200 reais por cada animal ainda não certificado e o produtor não pode continuar pagando essa conta”, disse o diretor da Acrimat.


Mato Grosso, dono do maior rebanho de bovinos do País, conta apenas com 203 propriedades inspecionadas e aptas a exportar à UE. “Com o acordo, a fila andaria”, frisa.

Maurício Campiolo ressalta ainda que “esse acordo vem reiterar a disposição da Acrimat, em contribuir com o poder público, estadual e federal, para acelerar o processo de liberação de fazendas que aguardam para que o sistema de rastreabilidade de sua propriedade seja auditada”. Reitera ainda que “o produtor investiu em sua propriedade e na aquisição dos brincos para se adequar às rígidas normas do mercado, a Acrimat também investiu recursos, vindo dos pecuaristas, para fazer o papel que seria do setor público, e a contrapartida do Ministério não veio”.

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