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Acrimat tem novo presidente


O pecuarista José João Bernardes assumiu ontem (18) o comando da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) em um momento positivo do setor pecuário. Ele substitui a Mário Cândia Figueiredo, devendo permanecer no cargo até janeiro de 2013. “Em 2010 registramos recuperação extremamente positiva dos preços da arroba e a manutenção dos custos de produção. Isso trouxe uma melhor rentabilidade para o produtor”, disse ele. A Acrimat representa 35 mil proprietários rurais detentores do maior rebanho bovino do país, com cerca de 28 milhões de cabeças, sendo o maior produtor e o segundo maior exportador de carne do Brasil.

O novo presidente da Acrimat assume com compromissos voltados para o setor produtivo, tanto no que se refere à questão econômica, como social e de sustentabilidade. Ele ressalta que o papel da entidade é o de levar informação ao produtor, disponibilizar conhecimento, representá-lo nas demandas junto ao governo e segmentos organizados da sociedade e reivindicar programas de incentivo financeiro, como crédito subsidiado.

“Hoje a cobrança é muito grande para que o produtor preserve o meio ambiente, mas se esquecem que todo esse processo custa caro e deixaram toda a conta para quem produz pagar. Por isso precisamos de linhas de crédito que atendem às necessidades do pecuarista”. Ele disse que irá trabalhar no sentido de manter o “status” de Estado preservador e produtor, “aumentando a produção sem acrescentar um metro sequer de desmatamento”.

Para o ex-presidente da entidade, Mário Cândia, o grande desafio este ano para o pecuarista será a manutenção da pastagem. “Calculo que cerca de 30% do total de pastagens de Mato Grosso estejam hoje mortas em decorrência da seca e do ataque de pragas como cigarrinha, lagarta e morte súbita”. Segundo ele, é preciso agir rápido no sentido prevenir o avanço destes problemas em Mato Grosso. “Soluções têm que existir. O governo tem que nos apoiar para não tornar a atividade, que começava a se recuperar, ir para o fundo do poço. Caso nada seja feito o prejuízo pode terminar no prato de comida do brasileiro”, alertou.

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