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Açúcar da Índia deve contribuir pra redução do superávit

“Os estoques finais da temporada, desta forma, devem alcançar 82,3 milhões de toneladas"


O superávit global de açúcar deve sofrer uma redução para o ciclo 2018/2019, motivado pelas condições climáticas adversas à produção de açúcar na Índia e na Europa, contra uma demanda mundial mais tímida. De acordo com a revisão de novembro da consultoria INTL FCStone, a expectativa foi reduzida de 4,4 milhões de toneladas em setembro, para 1 milhão de toneladas. 

“Os estoques finais da temporada, desta forma, devem alcançar 82,3 milhões de toneladas, que ainda será o maior nível da série histórica. A relação estoques/uso, por sua vez, deve subir para 44,3%, o maior patamar desde 2014/15”, informou a consultoria. 

Nesse cenário, o analista da INTL FCStone,  João Paulo Botelho, indicou que produção global de açúcar deve cair em 3,4%, para 186,7 milhões de toneladas, ao mesmo tempo em que demanda apresentará queda para 185,7 milhões de toneladas, ainda assim 1,1% acima da safra anterior. “Em importantes áreas canavieiras de Maharashtra, as monções ficaram entre 25% e 50% abaixo da média histórica e, além disso, as chuvas no mês de outubro que podiam dar algum alívio para os canaviais também ficaram abaixo do normal”, comenta. 

Além da Índia, o Paquistão registrou uma redução de 9,7% na área plantada de cana para a próxima safra. Segundo a consultoria, as usinas não têm oferecido recompensas suficientes para garantir o pagamento aos fornecedores de cana, levando estes a buscarem a troca de cultura, como o algodão. 

“Praticamente todas as áreas produtoras do continente têm apresentado resultados inferiores aos do ano passado nos testes de beterraba, confirmando a perspectiva de quebra”, conclui a consultoria.

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