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Açúcar representa 39% das exportações de PE

Principal destino foi a Rússia, que comprou 44%


Do total da pauta de exportação de Pernambuco, o açúcar corresponde a 39%. Em 2010, o volume de produção do açúcar foi de 1,6 milhão de toneladas, dos quais 800 mil foram exportadas. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o principal destino deste derivado da cana em 2010 foi a Rússia, que comprou 44%. Em seguida, vem os Estados Unidos (17%), Espanha e Portugal (19%), Venezuela (6%), Canadá (5%) e Bulgária (4%).

“Das 800 mil toneladas, 400 mil foram de açúcar refinado e ensacado e a outra metade do tipo VHP (Very High Polarization), ou a granel. Apesar do valor da commoditie açúcar ter um bom preço em relação às demais nas bolsas internacionais, o setor não está podendo aproveitar em função da sobrevalorização do Real versus Dólar. Estamos tendo boa chance sobre o balanço mundial do açúcar em relação à demanda, mas isso fez com que o valor da commoditie subisse, o que nos prejudica, porque exportamos em Dólar”, declarou Cunha.

Ainda segundo o presidente do Sindaçúcar, “quando convertemos o Dólar para Real não é o suficiente para suprir os custos na exportação. Temos que focar nas despesas de produção que não estão sendo neutralizadas em relação à baixa competitividade do Dólar em comparação ao Real”, reforçou. Para escoar maior volume do produto e, assim, aquecer o mercado nacional, está previsto o lançamento, em Suape, a licitação para o arrendamento do novo terminal açucareiro complementar ao do Porto do Recife. Já existe, inclusive, uma trade inglesa interessada em concorrer, a ED & F MAN. O terminal exportará o açúcar refinado, o que ainda não é feito pelo Porto do Recife.

“O emprendimento custará, em média, US$ 50 milhões, e vai escoar o produto para a cadeia produtiva. A comercialização dos volumes, via Suape, será para o Norte da África e Oriente Médio. Trata-se de uma operação mais moderna. O açúcar vai abastecer o navio fábrica Bibo, que receberá o produto à granel para ser empacotado no seu destino”, disse.

Para Renato Cunha, nesse momento, as exportações do açúcar e do álcool são mais convidativas porque a demanda é maior. “O açúcar tem mais protecionismo, mas, por conta da queda na produção da Índia, nos últimos três anos, conseguimos exportar um volume maior para vários países. Quando isso ocorre, faz com que o mercado mundial se valorize e a comercialização fique mais rápida. Já o etanol tem muitas barreiras como, por exemplo, as altas tarifas e outras dificuldades”, concluiu.

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