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Açúcar sobe 5,7% em Nova York


Expectativa de redução das exportações brasileiras causou ganhos na bolsa norte-americana. Os preços futuros do açúcar acumularam fortes ganhos no pregão de ontem da bolsa de Nova York. Com o intenso movimento de compras por parte dos fundos, especuladores e de tradings, os contratos para o mês de maio chegaram a ser negociados a 8,38 centavos de dólar por libra-peso, durante o pregão e encerraram negociados a 7,86 centavos de dólar por libra-peso, subindo 5,78% no dia na Coffee, Sugar and Cocoa Exchange (CSCE), de Nova York.

A alta das cotações reflete a formalização de um acordo entre usineiros e o governo brasileiro para a formação de estoques reguladores de álcool de 1,5 bilhão de litros, o que vai provocar queda de 2 milhões de toneladas nas exportações brasileiras de açúcar em 2003.

O aumento da produção interna de álcool reflete a preocupação do novo governo federal com a inflação, com os preços do combustíveis, e com a falta de álcool para ser adicionado na gasolina.

A produção brasileira de álcool deverá ser acrescida em 13,5%, para 12,6 bilhões de litros este ano. Com isso, as exportações brasileiras de açúcar deverão se situar em 11 milhões de toneladas, volume 15,3% menor que as vendas de 13 milhões de toneladas apuradas no ano-safra passado.

"Além do grande volume adquirido, as vendas de origem eram pequenas. Isso sustentou ontem os preços do açúcar demerara em altos patamares", diz Alex Oliveira, analista da Fimat Futures.

A colheita da safra brasileira de cana-de-açúcar deve ser iniciada entre os meses de março e abril. O clima na região Centro-Sul do Brasil se mantém favorável ao cultivo da cana-de-açúcar, o que deve beneficiar a qualidade da produção de açúcar, mas não influenciar no tamanho da produção.

Durante o pregão de ontem importantes países consumidores mundiais de açúcar demonstraram interesse no mercado físico, impulsionando os preços do açúcar para entrega imediata. A Tunísia e o Egito compraram grandes volumes desde a última sexta-feira.

Nos últimos dois dias, os preços futuros do açúcar acumularam ganhos de 9% na bolsa de Nova York. Já na bolsa de Londres, os contratos do açúcar refinado para maio também foram negociados em alta, e encerraram negociados a US$ 233,50 por tonelada, em alta de 3,5% no dia e acumulando ganhos de 7,7% em dois dias.

Luciana Franco

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